Na manhã desta segunda-feira (21) o Secretário Municipal de Saúde, Ricardo Torres, juntamente com a equipe do Departamento de Endemias, concedeu coletiva a imprensa para explicar o ainda não confirmado caso de microcefalia gerado por Zika Vírus no município, além de todo o trabalho de prevenção e combate ao mosquito Aedes Aeypti realizado em 2015 pelo Departamento de Endemias de Codó, bem como todas ações planejadas para 2016. A entrevista e o esclarecimento a população foi dividido basicamente em três partes.
Suposto caso de microcefalia gerado por Zika Vírus em Codó
Primeiramente foram colocadas as informações de que o ainda suspeito caso microcefalia gerada por Zika Vírus em Codó estava sendo examinado com todo rigor pelos departamentos de pediatria do HGM e da Vigilância em Saúde do Estado
Como outras possíveis causas foram afastadas, como rubéola, toxoplasmose, ou excesso de ingestão alcoólica, a principal hipótese para a causa microcefalia seria a do Zika Vírus. No entanto, a causa ainda não foi confirmada.
A coordenadora de Vigilância e Epidemiologia da SEMUS, Karen Cruz, informou que a família está recebendo toda a atenção, acompanhamento e realizando todos os exames necessários. Para o exame de Zika Vírus, também pedido pelo Estado, o município de Codó contratou um laboratório particular, devido a urgência da situação e a necessidade de confirmação.
“Realizamos todos os exames e encaminhamos ao Estado e aos laboratórios de análise. Agora aguardamos os resultados. Todas essas informações são muito importantes para esclarecermos a família, a população e os profissionais da saúde”, disse a coordenadora.
Para esclarecer sobre as especulações de outros casos, Karen ainda informou que o perímetro cefálico inferior a 32 em um bebê não é suficiente para o diagnóstico da microcefalia, sendo necessária a investigação de vários outros critérios, como o baixo peso, ou peso proporcional a maturidade fetal.
Trabalho e a cobertura do Departamento de Endemia
Como o caso de microcefalia pode ter como origem o Zika vírus, o município intensificou todo o seu trabalho realizado para a prevenção e combate ao mosquito Aedes Aeypti que, além da dengue e da chikungunya, é o vetor do Zika Vírus.
De acordo com assessor de Endemias, Francisco Leonardo, o departamento e seus 36 agentes visitaram mais de 37 mil imóveis no município de Codó foram, incluindo os aglomerados urbanos de Cajazeira e do Km 17.
O Assessor ainda explicou que o trabalho foi realizado em seis ciclos nos mais de 37 mil imóveis, totalizando mais de 200 mil visitas em 2015, e uma média de cobertura de 98% dos imóveis nos seis coclos de visitas.
Diferença entre a cobertura e o LIRAa
Departamento de Combate a Endemias de Codó fez questão de esclarecer a imprensa e a população sobre as diferenças entre a área de cobertura do combate ao mosquito Aedes Aeypti, que abrangeu 98% do município, e o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), cujo objetivo é direcionar as ações dos agentes municipais de endemias no combate e controle do mosquito transmissor da dengue.
“Não podemos confundir o que é a nossa área de atuação e a nossa cobertura, que é de mais de 90 por cento, do trabalho feito no LIRAa, que é umas das ferramentas mais importantes para o controle do mosquito no decorrer do ano. O LIRAa é uma amostragem, precedida de um mapeamento e estratificação dos imóveis do município em unidades territoriais homogêneas, realizadas em cerca de 1.500 residências e que serve para direcionar os trabalhos. São com essas informações que vamos a campo e realizamos nossas visitas”.
Prevenção e assistência
Para o Secretário Municipal da Saúde, Ricardo Torres, Codó está bem preparada, com atuação nas áreas da prevenção e assistência em relação a possíveis diagnósticos de microcefalia em decorrência do Zika Vírus.
“Estamos aguardando para confirmar se o único caso de microcefalia em Codó é oriundo do Zika Vírus. Em relação a assistência nós temos um fluxo de atendimento, que vai desde os postos de saúde e os médicos da família, até o atendimento em hospitais de alta complexidade para o bebê e famílias. Na prevenção, o foco de nosso trabalho é o combate ao mosquito transmissor do vírus, por meio de nossos Agentes de Combate a Endemias, que em campo continuarão realizando o trabalho diligente, comprovado pelo baixo índice de infestação”.
Ascom – Prefeitura Municipal de Codó
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