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#SalaSocial: Candidatos à Presidência pegam carona na derrota do Brasil

Se depender da velocidade com que os candidatos à presidência da República comentaram a goleada alemã sobre a seleção brasileira, a internet tem tudo para se tornar um dos principais palanques nas eleições de outubro.

Dispensando sites oficiais e os caminhos tradicionais da assessoria de imprensa, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB), Levy Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) escolheram Facebook e Twitter como caminho para diálogo com o eleitorado.

Enquanto os três principais candidatos adotaram tom conciliador, representantes de partidos menores usaram a derrota como munição contra a gestão atual.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, a atual presidente Dilma Rousseff foi a primeira a comentar. “Assim como todos os brasileiros, estou muito, muito triste com a derrota”, escreveu no Twitter.

Dilma tuítou quatro vezes após derrota brasileira

Ela continuou: “Sinto imensamente por todos nós, torcedores, e pelos nossos jogadores. Mas, não vamos nos deixar alquebrar (sic)”. Para encerrar o comentário, a petista escolheu uma citação ao conhecido samba de Paulo Vanzolini: “Brasil, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”.

Aécio Neves, que ocupa o segundo lugar nas pesquisas, escolheu o Facebook e evitou os habituais ataques diretos a Dilma.

Aécio falou em "frustração" pelo Facebook

“Como torcedor e como brasileiro, compartilho a frustração que estamos todos sentindo. Uma derrota sofrida, difícil de entender, mas que não apaga o brilho do futebol brasileiro e muito menos do nosso povo. Apesar do resultado, envio o meu abraço aos nossos jogadores, à comissão técnica e a todos que lutaram para colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio. Dessa vez não deu, mas vamos em frente! Outras vitórias virão!”, afirmou o tucano.

O pernambucano Eduardo Campos adotou tom similar em seu perfil no Facebook.

Pela redes sociais, Campos disse "lamentar" derrota

“Lamento, como todos os brasileiros, o resultado de Brasil e Alemanha hoje. O povo brasileiro fez uma festa linda durante toda a Copa, mas o sonho do hexa foi, por ora, adiado. Tenho certeza de que voltaremos mais fortes em 2018.”

Ataques diretos
Representantes de PRTB, PCB e PCO foram mais críticos.

“A Alemanha salvou o Brasil do PT”, escreveu Levy Fidelix no Twitter.

“O Governo mais pé frio da história levou o Brasil ao seu maior desastre no futebol”, continuou. E o encerramento foi dramático: “Milhões de crianças estão chorando por um Brasil humilhado no futebol. Quem vai enxugar estas lágrimas e a desesperança no futuro ?As urnas”, disse o candidato, derrotado em 1994 e em 2010 na corrida pela presidência.

Levy Fidelix foi o mais agressivo pelas redes

O professor paulistano Mauro Iasi, que pela primeira vez disputa o cargo de presidente do Brasil, foi irônico em seu comentário.
Ao lado de uma foto da camisa oficial do time de Neymar e companhia, ele limitou-se à seguinte legenda: “Descobrimos quanto pesa uma camisa: 240 gramas!”.

Iasi foi irônico e comentou "peso" da camisa brasileira

Iasi aproveitou para comentar a morte do político e advogado Plinio de Arruda Sampaio, que faleceu na manhã desta terça-feira.

“O Brasil perdeu hoje uma grande pessoa, nos deixou Plínio de Arruda Sampaio. Um combatente cristão e socialista, um ser humano excepcional em uma época de abandono e incoerências. Tive o privilégio de marchar ao seu lado nas tarefas que nos couberam e sou testemunho de sua firmeza política, sua generosidade e seu profundo compromisso com a humanidade”, escreveu.

Já o jornalista Rui Costa Pimenta, candidato pelo Partido da Causa Operária, usou as redes sociais para divulgar um texto publicado logo após o jogo em seu blog.

Candidato do PCO disse que derrota é culpa do imperialismo

“A derrota esmagadora da seleção brasileira aconteceu muito tempo antes deste fatídico 8 de julho no Mineirão”, afirmou. “Foi preparado pela direita nacional organizada pelo imperialismo, pelos monopólios capitalistas do esporte, pela imprensa “nacional” (vendida para o capital estrangeiro) e, inclusive pela esquerda pequeno-burguesa que trabalha a serviço da direita como o Psol, o PSTU e outros grupos menores do mesmo quilate”, disparou.

Os candidatos Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV), Eymael (PSDC), Zé Maria (PSTU) e Luciana Genro (PSOL) não haviam se pronunciado até o fechamento desta reportagem.

Da BBC Brasil em São Paulo

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