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Saae não consegue efetivar projeto milionário de economia de energia

Não é de hoje que os diretores que passaram pela administração do SAAE se reclamam de uma dívida ‘estilo bola de neve’ que a autarquia tem para com a Companhia Energética do Maranhão.

Registros feitos pelo blogdoacelio contam um pouco desta triste história.

Caixa D'água gigante nunca funcionou

Noticiamos, por exemplo, que Pauly Maran, o primeiro diretor da era Zito Rolim, anunciou na imprensa que negociou uma dívida deixada pela administração anterior no valor de R$ 590.000,00.

À época Pauly afirmou que a negociação foi necessária porque, do contrário, ficaria sem energia para abastecer os 41 poços artesianos que abastecem Codó. Não foi informado o valor de tal parcela.

Foi o administrador que sucedeu Maran, quem nos deu uma noção de quanto seria a parcela e quanto o SAAE pagava, mensalmente, à CEMAR.

Marcelo Moebus, mostrou ao blog, à época, uma conta de energia no valor de R$ 183.666,00, dos quais, segundo o então diretor, cerca de R$ 70.000,00 eram só da parcela negociada anteriormente.

ATUALMENTE – ÀS ESCURAS

Na atualidade, na reunião da comissão de Constituição e Justiça, realizada semana passada na Câmara, nada foi detalhado a respeito desta dívida.

Em resposta ao vereador Leonel Filho, líder do Governo na Câmara, presidente da Comissão de Finanças, o vice-diretor, Sérgio Moreira, como está gravado nos anais da Casa, limitou-se apenas a dizer que do atual faturamento (R$ 637.000,00, valor informado no projeto de Lei do Executivo), 45% vão embora dos cofres da autarquia só em contas de energia.

Levando em consideração o percentual apresentado, superficialmente, aos vereadores, podemos dizer que atualmente a conta de energia/mês já não é mais a informada por Marcelo Moebus pela simples conclusão de que 45% de 637.000,00 é igual à R$ 286.650,00 (seria o valor da conta atual, segundo percentual informado por Sérgio Moreira).

A REUNIÃO

Fontes de dentro da Prefeitura nos informaram que na quarta-feira (4) representantes da CEMAR estiveram com o prefeito Zito Rolim e o teor da conversa, claro, não foi revelado, mas pelos demais participantes, convocados às pressas para o gabinete, imagina-se que tenha tido alguma relação com esta dívida SAAE/CEMAR.

Testemunhas foram categóricas ao afirmarem que além do vereador Chiquinho do Saae, também foram chamados para a conversa o diretor Paulinho e mais dois funcionários da autarquia.

Ainda vamos ouvir o SAAE sobre esta reunião.

A SOLUÇÃO VIROU PROMESSA

Desde a época de Biné Figueiredo que a prefeitura tenta efetivar um projeto milionário, patrocinado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC, do Governo Federal).

Pouca gente lembra da história porque o tempo acabou por consumi-la, mas nós recordamos.

Basta olhar para o alto do morro dos bairros Codó Novo (na rua Nossa Senhora dos Milagres) e Nova Jerusalém para ver duas caixas d’água gigantes.

ERA PARA ECONOMIZAR ENERGIA

Aquele era o grande plano para economizar energia elétrica. De acordo com diretores ouvidos por nossa reportagem, ao longo deste tempo, com todos os reservatórios gigantes cheios seria possível desligar a bomba de alguns poços do Saae por várias horas durante o dia ou noite sem prejudicar o abastecimento da população e isso geraria uma enorme diferença na conta de luz.

Mas de 2008 até hoje ninguém conseguiu fazer com que o convênio de número 61 23 80, firmado entre a Prefeitura de Codó e o Ministério da Cidades, servisse, realmente, para sua finalidade maior.

Pior é que não existe mais nem um centavo a receber dos R$ 4.564.107,00 disponibilizados pelo Governo Federal para a gigantesca obra de saneamento e abastecimento.

O que aconteceu? Outro grande mistério para a bacia da Secretaria de Infraestrutura e do velho e sofrido Saae.

A SOLUÇÃO É LASCAR O CONSUMIDOR

Endividado com a Cemar, ainda que com esta dívida negociada, perdendo receita da ordem de R$ 67.000,00 por mês (soma entre os R$ 29.000,00 que perdoa dos prédios públicos e o programa Água para Todos) e sem coragem para cobrar a prefeitura em R$ 1.624.403,40, restou ao prefeito e à direção penalizar o cidadão para tentar salvar o SAAE.

Esta é a verdadeira história da URGÊNCIA de se aprovar aumento de 45%, que não tem nada a ver com prestar melhor serviço ou com privatização.

É o cidadão pagando pela péssima administração que vem se perpetuando ao longo de décadas no Saae.

Pior que este cidadão não está tendo sequer o direito de saber, com exatidão, o que só seria possível por meio de uma SUPER AUDITORIA INDEPENDENTE E COM ACESSO LIVRE DOS ÓRGÃOS DE IMPRENSA ÀS APURAÇÕES, como está, realmente, a situação financeira do SAAE.

 

fonteblogdoacelio

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