A ampla maioria dos deputados da base governista na Assembleia Legislativa havia decidido que, em caso da governadora saísse para disputar o Senado Federal, um parlamentar seria eleito no pleito indireto. E escolheu o próprio presidente do Legislativo como único candidato, o deputado Arnaldo Melo.
Como Roseana ficou para cumprir todo o mandato, a mesma base optou pelo nome de Arnaldo Melo para a disputa do cargo de senador. Na outra ponta, o deputado federal e ex-ministro do Turismo, Gastão Vieira, ficou naquele jogo peniano do entra e sai. Ora era candidato ao Senado e no dia seguinte queria mesma a reeleição à Câmara Federal.
Enquanto Gastão não se decidia, a movimentação dos deputados ganhou corpo e tomou forma com a adesão de diversas lideranças como prefeitos, ex-prefeitos e vereadores.
Mas nesta quinta-feira (24), durante almoço oferecido ao senador José Sarney, no Palácio dos Leões , pela passagem dos seus 84 anos, a governadora Roseana Sarney tomou a todos de surpresa e propôs que a escolha para a disputa da vaga de senador dever ser feita pelo critério da pesquisa.
Ora, uma pesquisa daqui a 15 dias como pretende a governadora, além de atrasar a campanha do pré-candidato a governador Lobão Filho, é uma manobra contra a vontade dos deputados da base e um tiro contra o sonho das outras lideranças do grupo.
Roseana Sarney, assim da desistência de Luis Fernando, não perdeu tempo com pesquisas para escolher o candidato a pré-governador. Indicou no mesmo dia o senador Lobão Filho. Aliás, uma escolha pessoal sem ouvir ninguém.
Como a governadora indicou o candidato à sua sucessão e o vice será a escolha do PT para que a aliança seja mantida, é natural que os deputados e prefeitos da base façam a sua opção. Eles, sim, devem opinar quem deve ser o candidato a senador da chapa.
Com certeza, se depender da classe política, a mesma que está motivada com o nome de Lobão filho, a escolha já foi feita: Arnaldo Melo, que tem seis mandatos, e é o atual presidente da Assembleia Legislativa.
Não que Gastão Vieira, que já foi ministro e poderia ter feito um pouco mais pelo Maranhão, seja um péssimo nome. Mas o problema é apenas um observado pela classe política: ele não agrega. Aliás, nem motiva.
fonte Blog do Luis Cardoso