A ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, apresentou nesta sexta-feira (12) os resultados parciais das análises dos restos mortais encontrados no Cemitério Dom Bosco, em Perus, na Zona Norte de São Paulo.
Um grupo formado por antropólogos forenses da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e de especialistas internacionais analisou 112 das 1049 caixas de ossos e concluiu que as ossadas correspondem a 139 pessoas – 27, porém, não são identificáveis.
As ossadas foram descobertas em uma vala clandestina em 1990. Inimigos do regime militar brasileiro foram enterrados no local como indigentes. Desde então, as análises já passaram por duas universidades brasileiras, e perícias da polícia científica do Instituto Médico Legal (IML).
As análises divulgadas nesta sexta mostram que sete dessas ossadas apresentam indício de morte violenta com golpes ou armas de fogo. O dado prévio também revela que apenas 112 ossadas são identificáveis. Destas, 84 eram homens, 23 de mulheres e cinco crianças de sexo indeterminado.
A partir do perfil dos 42 presos políticos desaparecidos e dos restos mortais analisados, o grupo iniciará, em janeiro de 2015, os testes de DNA para poder revelar a identidade das ossadas. O coordenador estima que a análise antropológica de todas as caixas será finalizada em março de 2016.
Fonte: G1 com