O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (13), dados que revelavam algumas disparidades entre a população branca, parda e negra, do Maranhão. Um dos dados que chamou a atenção foi o valor dos salários recebidos pelos dois grupos pesquisados.
Segundo o IBGE, em 2018, ano dos dados da pesquisa, a população branca que reside no estado do Maranhão recebia 36% a mais que as pessoas pretas ou pardas.
O instituto revelou ainda que o rendimento médio dos brancos era de R$1.588, enquanto dos pretos ou pardos era de R$1.168 – uma diferença de R$ 420.
No Brasil
Considerando os números no Brasil, os dados revelam que a disparidade é bem maior, sendo que a parcela branca da população ganhava, em 2018, 73,9% a mais que as pessoas pretas ou pardas.
Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fazem parte do estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, que faz uma análise das desigualdades entre brancos e pretos ou pardos, ligadas ao trabalho, à distribuição de renda, à moradia, à educação, à violência e à representação política.
Mercado de trabalho
O estudo apresentado ontem em São Luís ainda revelou que 14,9% dos pretos ou pardos estavam desempregados no ano passado. Já entre a população branca, 11,9% encontravam-se desocupados.
Na informalidade, o maranhense apresenta média bem maior que a nacional. Cerca de 58% dos brancos e 66% dos negros possuíam ocupação informal em 2018. Para Brasil, os números eram mais distantes: 34% das pessoas brancas e 47% das pretas ou pardas tinham trabalho informal.
Quanto à desigualdade na distribuição de renda, a pesquisa apontou que, do total de pessoas classificadas na situação de extrema pobreza, no Maranhão, aproximadamente 86% eram pretos ou pardos, enquanto apenas 13% eram brancos.
Com informações de O Imparcial