O Fluminense passa por uma semana de reconstrução dentro e fora de campo. O clube reparou a parte do muro de metal derrubada por torcedores, após invasão do Centro de Treinamento, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na semana passada. No futebol, o técnico interino Marcão trabalha para dar mais confiança ao time que vem de um empate e uma vitória no Campeonato Brasileiro.
Dentre as medidas tomadas por Marcão, pelo menos uma gerou polêmica. Paulo Henrique Ganso ganhou a faixa de capitão e jogou os 90 minutos contra o Grêmio, no domingo (29), três dias após a discussão que protagonizou com o treinador Oswaldo de Oliveira, três dias antes, quando o Tricolor empatou em 1 x 1 com o Santos. No dia seguinte ao desentendimento em campo, Oswaldo de Oliveira foi demitido do clube. Apesar das críticas, a decisão de Marcão não foi contestada internamente pelo grupo, como diz Nenê.
“Acho que foi algo natural, ele já era o segundo capitão, já aconteceu outras vezes, não tem nada a ver com o episódio. Em campo eles foram errados, mas no vestiário foi tudo acertado, eles se abraçaram e foi resolvido. Cada um teve a sua punição. Em relação ao Ganso ser capitão, já era programado. Ele sabe que errou, não enxergamos nada de excepcional porque estava previsto antes”.
Enquanto a diretoria não confirma a contratação de um novo treinador, Marcão pode ser a peça-chave na reconstrução tricolor. O técnico interino tem identificação com o Fluminense e com a torcida. Conhece o clube como poucos e recebeu o apoio do elenco. Nenê, o jogador mais experiente do grupo, com 38 anos, ressalta a confiança retomada com Marcão.
“Ele é um cara que já conhece o grupo, ama o clube, é ídolo, tá aqui para ajudar a fazer o melhor. Ele gosta do nosso estilo de jogo, não que o Oswaldo não gostasse, ele também pedia para continuar; às vezes a gente é que não estava conseguindo, a confiança não era a ideal. A identificação dele com o clube, o conhecimento dos atletas e a maneira de jogo são os pontos positivos do Marcão”.
Marcão tem a missão de fazer o Fluminense vencer seu primeiro clássico no Campeonato Brasileiro. A partida contra o Botafogo no domingo, às 16h, no Estádio Nilton Santos tem ar de decisão para o Tricolor. Além de subir na classificação do Brasileirão, afundaria o rival em uma crise.
O problema é que os números em clássicos não ajudam. No primeiro turno, o Flu perdeu por 1 a 0 para o Botafogo, no Maracanã; empatou com o Flamengo em 0 a 0, também no Maracanã; e perdeu para o Vasco por 2 a 1, em São Januário. No ano de 2019, o Tricolor só conseguiu uma vitória em clássicos: 1 a 0 sobre o Flamengo, na semifinal da Taça Guanabara. No total, foram dez confrontos: uma vitória, três empates e seis derrotas (três para o Vasco, duas para o Flamengo e 1uma para o Botafogo). Fonte Agência Brasil.