José Auricélio de Morais Leandro, prefeito de Maranhãozinho e o vice, Raimundo Tarcísio de Lima, foram indiciados pela Justiça Eleitoral por compra ilegal de votos nas últimas eleições e ficarão inelegíveis por oito anos. A decisão ainda atinge o deputado estadual Josimar Cunha Rodrigues, ex-prefeito da cidade por três vezes.
A ação foi movida pela promotora de justiça Laura Amélia Barbosa, que também pediu ao Poder Judiciário a condenação do ex-prefeito, Josimar Rodruiges, por abuso de poder econômico e político.
Segundo a denúncia do Ministério Público Eleitoral (PME), os acusados praticaram captação ilícita de sufrágio ao distribuir materiais de construção e outros benefícios aos eleitores. Além disso, eles utilizaram veículos da Prefeitura de Maranhãozinho para entregar parte do material.
A ação foi movida após denúncia de uma eleitora e foram constatadas durante as investigações, grande quantidade de materiais de construção na frente das casas, com propaganda de apoio ao atual prefeito e vice.
Na casa da servidora municipal, foram apreendidos um computador e um caderno, contendo nomes e endereços de eleitores que receberam materiais de construção, com a descrição do número de tijolos, telhas, sacos de cimento e referências aos dias de visita.
Um mandato de busca e apreensão foi realizado em 2012 nos estabelecimentos Santa Rosa Construções, Casa Rodrigues, onde também foi localizado um caderno de anotações com o nome “Auricélio” na capa, contendo 253 notas fiscais série D e 47 notas de entrega com carimbo de pagamento do Comercial Duarte, AP Construções e Casa Rodrigues, além da residência de Jiordana Pamela de Sousa Rocha, funcionária da Prefeitura de Maranhãozinho acusada de operar o esquema de compra de votos.
Jiordania Rocha era quem acompanhava José Auricélio durante a campanha e tinha a função de anotar as solicitações dos eleitores e os pedidos de vantagens pessoais. Para averiguar a compra de votos, o MPE ouviu os eleitores da lista apreendida, e estes confirmaram o recebimento de materiais de construção e as promessas que seriam atendidas após a votação.
Os gestores serão mantidos no cargo até o julgamento final da Ação de Investigação Judicial Eleitoral.
Fonte:Neto Ferreira