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Com plenário obstruído, Senado terá sessão remota, diz Alcolumbre

Brasília (DF), 24/06/2025 - Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, durante sessão deliberativa ordinária do Senado Federal que trata de igualdade de gênero, proteção à família de empregados públicos e segurança alimentar de estudantes. Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou que a sessão deliberativa do Senado desta quinta-feira (7) seja realizada em sistema remoto. Segundo ele, a decisão tem o objetivo de garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa seja paralisada por causa da obstrução do plenário do Senado por parlamentares da oposição.

“Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, disse Alcolumbre, em nota.

Segundo ele, as matérias de interesse da população continuarão sendo votadas, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos.

“A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, concluiu o presidente do Senado.

Parlamentares da oposição estão desde ontem (6) obstruindo os plenários do Senado e da Câmara dos Deputados em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles também querem que seja pautada a anistia geral e irrestrita aos condenados por tentativa de golpe de Estado no julgamento da trama golpista, assim como o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo o senador Carlos Portinho (PL-RJ), até agora o pedido de impeachment de Moraes reúne 40 assinaturas de parlamentares de nove partidos: MDB, PSB, Podemos, PP, Republicanos, PL, Novo, União Brasil e PSD. Portanto, só falta uma assinatura para que o pedido possa ser protocolado no Senado.

“Nós vamos conseguir não somente mais uma, nós vamos conseguir além das 41 assinaturas, muito além da maioria do Senado Federal. E, em uma democracia, a maioria tem voz. E o presidente Davi Alcolumbre vai ter que respeitar o desejo de todos os senadores que assinaram, porque é suprapartidário”, disse Portinho em coletiva à imprensa.

Também participou da coletiva o senador Marcos do Val (Podemos-ES), que está com tornozeleira eletrônica desde a última segunda-feira, por determinação de Alexandre de Moraes, por descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente, como a entrega de todos os seus passaportes para que não pudesse deixar o país. Do Val não se manifestou, pois estava com um esparadrapo na boca, como parte do protesto.

Fonte: Agência Brasil

Após obstrução de Plenário, Hugo Motta abre sessão e pede respeito

06/8/2025 - Hugo Motta preside sessão plenária após obstrução do plenário da Câmara dos Deputados por parlamentares de oposição

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), abriu a sessão plenária na noite desta quarta-feira (6), por volta das 22h30, após um longo período de obstrução e protestos por parlamentares da oposição. Motta criticou a ação dos deputados e disse que as manifestações têm que obedecer o regimento da Casa. 

“O que aconteceu entre o dia de ontem e hoje com a obstrução dos trabalhos não faz bem a esta casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, de expressar sua vontade. Mas tudo isso tem que ser feito obedecendo o nosso regimento e a nossa Constituição. Não vamos permitir que atos como esse possam ser maiores que o Plenário e do que a vontade dessa Casa”, disse Motta.

Parlamentares da oposição estão desde ontem (6) obstruindo os plenários do Senado e da Câmara dos Deputados em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles também querem que seja pautada a anistia geral e irrestrita aos condenados por tentativa de golpe de Estado no julgamento da trama golpista, assim como o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Mota disse que os parlamentares não podem priorizar interesses pessoais ou eleitorais. 

“Nesta casa mora a solução das construções para o nosso país, que tem que estar sempre em primeiro lugar, e não deixarmos que projetos individuais, pessoais ou até eleitorais possam estar à frente daquilo que é maior que todos nós, que é nosso povo que tanto precisa das nossas decisões”.

O presidente da Câmara pediu diálogo e respeito, mas garantiu firmeza da presidência da Casa.

“Sempre lutarei pelas nossas prerrogativas e pelo livre exercício do mandato. E o exercido do mandato se dá no respeito àquilo que para nós é inegociável, que é o direito de cada um exercer o direito à fala, a se posicionar, e de quem preside a casa de presidir os trabalhos”.

Obstrução

Ao chegar no plenário da Câmara, Motta teve dificuldades de assumir sua cadeira na Mesa Diretora, por obstrução de alguns parlamentares, especialmente os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS).

Mais cedo, o Colégio de Líderes da Câmara dos Deputados decidiu realizar sessão presencial do Plenário na noite desta quarta-feira (6) às 20h30, mas os parlamentares de oposição demoraram para liberar o espaço para a realização da sessão. O Plenário está ocupado desde ontem por deputados da oposição, em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Suspensão

Conforme nota da Secretaria-Geral da Mesa, qualquer conduta que tenha por finalidade impedir ou obstaculizar as atividades legislativas sujeitarão os parlamentares ao Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

O regulamento prevê a apresentação, pela Mesa Diretora, de representação dirigida ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pedindo a suspensão cautelar de mandato de deputado pelo período de seis meses por quebra de decoro.

Conselho Tutelar

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Reimont (PT-RJ) apresentou uma denúncia ao Conselho Tutelar sobre a presença da filha da deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) no plenário, que é um bebê de colo. Segundo o deputado, a conduta suscita preocupações quanto à segurança da criança, “que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional”

“Fui chamada pelos colegas e tive que vir com a minha bebê. Será que vão tirar a gente à força?”, questionou a deputada Júlia Zanatta, sentada na cadeira do presidente da Casa, Hugo Motta.

Senado

Mais cedo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou que a sessão deliberativa do Senado desta quinta-feira (7) seja realizada em sistema remoto. Segundo ele, a decisão tem o objetivo de garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa seja paralisada por causa da obstrução do plenário do Senado por parlamentares da oposição.Fonte: Agência Brasil

Faltam três meses para a COP30; confira calendário e desafios

Belém (PA), 24/04/2025 - Obras do Parque da Cidade, em Belém. Foto: Fabiola Sinimbú/Agência Brasil

A três meses para o início da COP30 – a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima –, a expectativa sobre negociações e compromissos ambientais se junta a preocupações logísticas e estruturais de Belém, que vai sediar o evento, no Pará.

A cúpula de chefes de Estado está marcada para os dias 6 e 7 de novembro, enquanto as demais atividades acontecem entre 10 e 21 de novembro.

Nesta contagem regressiva, um assunto bastante discutido nas últimas semanas foi a disponibilidade e preço das acomodações.

Um grupo de países pressiona o Brasil a oferecer alternativas ao que considera valores abusivos de hospedagem. Há até pedidos para que o evento seja transferido para outra cidade, como revelou o próprio presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago. A alternativa que está descartada pelo governo federal.

“Belém é uma cidade incrível e é o lugar certo para fazer a COP30. Eu sempre manifestei isso. Então, o governo está atuando muito, de maneira muito firme, para que todos os países possam participar da COP. O presidente Lula quer que seja uma COP super inclusiva, que é o perfil do Brasil. Mas nós temos que encontrar uma maneira para que eles venham”, disse o embaixador nesta terça-feira (5).

Durante a semana, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva chamou de “absurdo” e “achaque” os preços de hospedagem anunciados em Belém.

O ministro do Turismo Celso Sabino disse que o diálogo do governo com o setor hoteleiro tem surtido efeito e garantiu que todas as delegações vão conseguir hospedagem a preços justos.

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A capital paraense espera receber cerca de 50 mil pessoas. Segundo organizadores do evento, Belém já conta com 53.003 leitos disponíveis para receber as delegações.

Na semana passada, o governo disponibilizou uma plataforma com 2,7 mil quartos, além de 2,5 mil quartos individuais para os 196 países participantes. A medida é voltada para Países Menos Desenvolvidos e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.

A Secretaria Extraordinária da COP30, ligada à Casa Civil da Presidência da República, informou que uma reunião está marcada para o próximo dia 11 de agosto com representantes do escritório do clima das Nações Unidas.

Na ocasião serão tratados temas como acomodação, transporte, segurança, alimentação e outros “aspectos essenciais para o sucesso da conferência”.

Belém (PA), 24/04/2025 - Obras do Parque da Cidade, em Belém. Foto: Fabiola Sinimbú/Agência Brasil
Obras do Parque da Cidade, em Belém – Fabiola Sinimbú/Agência Brasil

Calendário oficial

A presidência da COP30 anunciou o calendário oficial dos Dias Temáticos para a COP30.

A programação tem mais de 30 temas propostos para que os participantes do evento possam contribuir com soluções climáticas em áreas específicas.

A partir da agenda, governos, sociedade civil, academia, setor empresarial e filantropia podem planejar melhor a participação no evento. A programação ocorrerá em duas áreas, chamadas Zona Azul e Zona Verde.

Os dias temáticos foram planejados para se alinhar com os seis eixos da Agenda de Ação da COP30:

  • Energia, Indústria e Transporte;
  • Florestas, Oceanos e Biodiversidade;
  • Agricultura e Sistemas Alimentares;
  • Cidades, Infraestrutura e Água;
  • Desenvolvimento Humano e Social; e
  • Questões Transversais.

“Queremos que todas as pessoas, como cientistas e estudantes, ministros e prefeitos, ativistas e artistas, vejam onde se encaixam nessa agenda e planejem se juntar a nós em Belém para uma ação coletiva”, disse Ana Toni, diretora executiva da COP30.

“Este calendário traz clareza aos participantes e impulso ao nosso movimento. A participação é poder, todos estão convidados a fazer parte deste mutirão global”.

Confira a programação temática:

  • 10–11 de novembro: Adaptação, Cidades, Infraestrutura, Água, Resíduos, Governos Locais, Bioeconomia, Economia Circular e Turismo;
  • 12–13 de novembro: Saúde, Empregos, Educação, Cultura, Justiça e direitos humanos, Integridade da informação e Trabalhadores. Estes dias também introduzem o Balanço Ético Global, para reforça equidade e responsabilidade moral na governança climática;
  • 14–15 de novembro: Energia, Indústria, Transporte, Comércio, Finanças, Mercados de carbono e Gases não-CO₂. Pretende apoiar esforço global para triplicar a energia renovável, dobrar a eficiência energética e fazer a transição dos combustíveis fósseis de forma justa, ordenada e equitativa;
  • 17–18 de novembro: Florestas, Oceanos e Biodiversidade. Destaque para povos indígenas, comunidades locais e tradicionais, crianças e juventude, pequenos e médios empreendedores;
  • 19–20 de novembro: Agricultura, Sistemas alimentares e segurança alimentar, Pesca e Agricultura familiar, enquanto também enfatiza liderança de Mulheres e grupos de gênero e pessoas negras. Últimos dias temáticos se concentrarão também em Ciência, Tecnologia e Inteligência Artificial.

SUS na COP30

Os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) também estarão disponíveis para todos que participarem da COP30 em Belém.

Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento será realizado em todos os três níveis de complexidade: primário, secundário e terciário.

“Vamos acompanhar a execução das obras em oito UBSs da cidade, que já estão em andamento, com investimentos repassados pelo governo federal. Além disso, fazemos também a habilitação para que o município possa receber recursos do governo federal para 554 agentes comunitários de saúde”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Na área destinada ao evento, serão montados postos de atendimento médico temporários. Neles, serão feitos os primeiros atendimentos no período de 3 a 25 de novembro de 2025.

O monitoramento da operação de saúde na COP30 terá cooperação entre governos federal, estadual e municipal. Os representantes da rede de vigilância em saúde atuarão no Centro Integrado de Operações Conjuntas em Saúde (CIOCS).

O modelo foi utilizado em eventos de grande porte no país, como a Copa do Mundo, em 2014; os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas, em 2015; os Jogos Olímpicos, em 2016; e o Círio de Nazaré, em 2024.Fonte: Agência Brasil

‘Não cabe nem ao presidente da Câmara nem a ninguém qualificar essa ou aquela decisão’, diz Motta sobre prisão de Bolsonaro

Hugo Motta (Republicanos-PB) comentou sobre a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, após decisão do STF — Foto: Ewerton Correia/TV Cabo Branco

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, nesta terça-feira (5), que a prisão domiciliar do presidente Bolsonaro é uma decisão judicial e ”deve ser cumprida” e que não cabe a ninguém “qualificar”. Bolsonaro foi preso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

As declarações de Motta foram dadas durante inauguração do Hospital da Mulher, em João Pessoa.

“Eu penso que o legítimo direito de defesa tem que ser respeitado, que é um direito de todos, mas que decisão judicial deve ser cumprida. E é isso que nós estamos vendo, a decisão do Supremo Tribunal Federal ser cumprida. Não cabe aqui nem ao presidente da Câmara, nem a ninguém estar comentando ou na minha avaliação, tentando avaliar ou qualificar essa ou aquela decisão. Há um processo, os advogados falam nos autos, o juiz da mesma forma, o que tem acontecido nesse processo inerente ao presidente Bolsonaro”, disse.

Na segunda-feira (4), Jair Bolsonaro foi preso domiciliarmente após o ministro Alexandre de Moraes concluir que ele desobedeceu a proibição de uso de redes sociais, mesmo que de forma indireta. O ministro também determinou a apreensão de celulares e a proibição de visitas.

O presidente da Câmara dos Deputados também comentou sobre a intenção do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), da oposição, que declarou em coletivia que se assumir o comando da Câmara de forma interina, pautará a proposta independentemente da decisão do presidente Hugo Motta.

”Nós temos um colégio de líderes na casa, que juntamente com a presidência faz a pauta, esse é o critério que nós adotamos e seguirá sendo dessa forma. Nós temos um conselho de ética que apura tudo que pode ter contra qualquer parlamentar, de qualquer partido, de qualquer linha ideológica, e é dessa forma que a Câmara dos Deputados tem funcionado e irá seguir funcionando, respeitando o regimento, a nossa constituição e sempre procurando agir em favor do nosso país”, comentou.

Prisão do ex-presidente domina discussões

 

O recesso parlamentar chegou ao fim nesta terça-feira, com um ambiente dominado pelo assunto da prisão do ex-presidente.

Deputados de oposição anunciaram obstrução de pautas no Congresso, além de ocuparem o espaço onde trabalha a mesa diretora da Câmara dos Deputados – de onde são conduzidas as sessões da Casa – em forma de protesto.

Entre as atitudes dos parlamentares pró-Bolsonaro, esteve a ausência de deputados da oposição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcada para 14h30, e que foi cancelada por falta de quórum uma hora depois do horário previsto para ser iniciada.

Do lado do Senado Federal, parlamentares também ocupam a mesa de comando do plenário desde o início da tarde desta terça.

Senadores têm se revezado na ocupação dos assentos. Por volta das 15h, uma das cadeiras era ocupada pelo filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro, sentado à esquerda no plenário.

A oposição afirma que impedirá a abertura dos trabalhos até o cancelamento das sessões ou sinalizações para a votação de pautas de interesse.

Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) cancelaram as sessões marcadas em ambas as Casas. Os anúncios foram feitos após a oposição ao governo anunciar obstrução dos trabalhos no Congresso.

Hugo Mota também telefonou para o líder do PL, deputado Sostenes Cavalcante (RJ), e fez um apelo para que parlamentares bolsonaristas desocupem a Mesa Diretora da Casa.

Fonte: G1-PB

Ex-secretário de economia solidária, Igor Leite, morre aos 39 anos em Teresina

Ex-secretário Igor Leite morre aos 39 anos em Teresina — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Igor Stefany Barbosa Leite, ex-secretário de Economia Solidária de Teresina, morreu nesta terça-feira (5), aos 39 anos, com suspeita de dengue.

g1 conversou com parentes do ex-gestor, que afirmaram que ele apresentou dores pelo corpo na última sexta-feira (1º) e o quadro evoluiu rápido, chegando à morte na madrugada de terça.

O velório de Igor foi marcado pela comoção de amigos e familiares. Ele deixa um filho.

O enterro aconteceu às 17h no cemitério Dom Bosco, no bairro Vermelha, depois de um cortejo que saiu da funerária na Zona Sul de Teresina.

Igor foi secretário da Prefeitura de Teresina entre outubro de 2023 e abril de 2024, na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD). Ele também foi candidato a vereador nas eleições de 2024 pelo Partido Liberal (PL).

Em nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS), informou que aguarda o repasse da declaração de óbito e dos resultados dos exames realizados pela unidade hospitalar em que Igor Leite estava internado.

O intuito é verificar se o caso configura-se como suspeito de dengue e dar continuidade à investigação epidemiológica.

Autoridades lamentam

 

Em publicação em uma rede social, o vereador Luís André (PL) comunicou a morte e a lamentou:

“Com imensa tristeza recebemos a notícia da súbita partida do querido Igor Barbosa Leite, nosso colega de partido, candidato a vereador no mais recente pleito e ex-titular da Secretaria Municipal de Economia Solidária (Semest). Igor era um jovem carismático, engajado, humano e dono de uma personalidade cativante. Desde já, fará imensa falta”, escreveu em homenagem.

 

Também nas redes sociais, o deputado federal Júlio Arcoverde (Progressistas) lamentou a morte do ex-secretário.

“Com profundo pesar, recebo a triste notícia do falecimento do grande amigo Igor Barbosa. Uma partida tão precoce, que deixa uma imensa tristeza em nossos corações e um vazio difícil de preencher. Igor foi exemplo de amizade e sua lembrança ficará marcada para sempre em nossas memórias”, publicou.Fonte: G1-PI

BC acompanha tarifaço e vê juro alto por tempo “bastante prolongado”

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília

Incertezas provocadas pelo tarifaço dos Estados Unidos e as expectativas de inflação não caminhando para a meta são elementos que fizeram com que o Banco Central (BC) veja a taxa básica de juros em patamar alto por “período prolongado de tempo”.

A explicação está na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, divulgada nesta terça-feira (5). O colegiado decidiu, na quarta-feira (30), manter a taxa básica da economia, a Selic, em 15% ao ano, nível mais alto desde julho de 2006 (15,25%).

A meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

Atualmente, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está em 5,35% em 12 meses.

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No documento que fundamenta a decisão do Copom, o colegiado afirma que o cenário de inflação segue desafiador em diversas dimensões e cita o ambiente externo, “mais adverso e incerto”.

“A elevação por parte dos Estados Unidos das tarifas comerciais para o Brasil tem impactos setoriais relevantes e impactos agregados ainda incertos a depender de como se encaminharão os próximos passos da negociação e a percepção de risco inerente ao processo”, registra a ata.

A reunião da quarta-feira passada terminou horas depois de o governo americano impor tarifa de 50% a grande parte dos itens que o Brasil vende para os americanos.

Para o Copom, essa incerteza faz o colegiado “preservar uma postura de cautela”.

Somadas à incerteza internacional, o Copom enfatiza que as expectativas de inflação no Brasil estão desancoradas, isto é, não caminhando para o centro da meta do governo.

A ata lembra que a alta no preço dos alimentos perde ritmo, mas aponta que, no primeiro trimestre de 2027, o IPCA de 12 meses projetado é de 3,4%, ainda acima do centro da meta.

“Os núcleos de inflação têm se mantido acima do valor compatível com o atingimento da meta há meses, corroborando a interpretação de uma inflação pressionada pela demanda e que requer uma política monetária contracionista por um período bastante prolongado”, afirma o colegiado.

Fatores internos

Ao descrever o cenário interno, os diretores do Banco Central reconhecem que a escalada dos juros, iniciada em setembro de 2024, já produz efeitos de esfriamento na economia.

“O mercado de crédito, mais sensível às condições financeiras, tem apresentado uma moderação mais nítida”, diz a ata, acrescentando que o consignado privado “têm tido menor impacto do que era esperado por muitos participantes do mercado”.

Consignado privado é o chamado Crédito do Trabalhador, sancionado no fim de julho, que visa baratear o crédito para empregados da iniciativa privada com carteira assinada (CLT) e motoristas e entregadores de aplicativo.

O Copom reconhece, no entanto, que o mercado de trabalho segue aquecido, com recorde de taxa mínima de ocupação e de renda dos trabalhadores, o que alimenta a inflação.

“O mercado de trabalho segue dinâmico. Tanto do ponto de vista de renda, com ganhos reais consistentemente acima da produtividade, como do emprego, com redução expressiva da taxa de desemprego para níveis historicamente baixos, o mercado de trabalho tem dado bastante suporte ao consumo e à renda”, frisa o BC.

Os diretores apontaram também desafios provocados pela política fiscal do governo (gastos públicos).

“O Comitê reforçou a visão de que o esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, o aumento de crédito direcionado e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia, com impactos deletérios sobre a potência da política monetária e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade”.

Os diretores do BC ressaltam que o momento atual é de “interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.

Política monetária

A taxa Selic é decidida a cada 45 dias pelo Copom e consiste na principal forma de a instituição fazer a inflação convergir para a meta. Desde setembro de 2024, o IPCA está acima do teto da meta (4,5%).

A trajetória ascendente dos juros começou em setembro do ano passado, a Selic saiu de 10,5% e, gradativamente, chegou aos atuais 15%.

Uma face do juro alto é o efeito contracionista, que combate a inflação. A elevação da taxa faz com que empréstimos fiquem mais caros – seja para pessoa física ou empresas ─ e desestimula investimentos, uma vez que pode valer mais a pena manter o dinheiro investido, rendendo juro alto, do que arriscar em atividades produtivas.

Esse conjunto de efeitos freia a economia. Daí vem o reflexo negativo: menos atividade tende a ser sinônimo de menos emprego e renda. De acordo com o BC, o efeito da Selic na inflação leva de seis a nove meses para se tornar significativo.Fonte: Agência Brasil

Alcolumbre e Motta pedem diálogo e respeito após ocupação de plenários

Brasília (DF), 05/08/2025 - Deputados de oposição fazem ato tampando a boca com esparadrapo durante sessão da Câmara dos Deputados. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente do Senado Federal, David Alcolumbre (União Brasil – AP), chamou de “exercício arbitrário” a ocupação das mesas diretoras dos plenários do Senado e da Câmara por parte de parlamentares da oposição nesta terça-feira (5)

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, os deputados e senadores obstruíram os trabalhos e prometem manter o movimento até que os presidentes das casas legislativas se comprometam em pautar a anistia geral e irrestrita para os condenados por tentativa de golpe de Estado.  

“Faço, portanto, um chamado à serenidade e ao espírito de cooperação. Precisamos retomar os trabalhos com respeito, civilidade e diálogo, para que o Congresso siga cumprindo sua missão em favor do Brasil e da nossa população”, afirmou Alcolumbre em nota.

O grupo da oposição também reivindica que seja pautado o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado, para permitir que Bolsonaro não seria mais julgado pelo STF, mas pela primeira instância. O movimento ocorre após Moraes ter decretado a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro.

O presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) também se manifestou por meio de suas redes sociais. Ele disse que determinou o encerramento das sessões de hoje e que amanhã será convocada uma reunião de líderes para definir a pauta de votações, “que sempre será definida com base no diálogo e no respeito institucional. O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento”.

Mais cedo, deputados da base do governo repudiaram o ato e pediram que Motta reassuma o controle da situação.

Pauta de votações

No mesmo sentido, Alcolumbre também informou que convocará reunião de líderes e defendeu que o parlamento “tem obrigações com o país na apreciação de matérias essenciais ao povo brasileiro”.

Com o fim do recesso parlamentar, estavam previstas votações e debates importantes no Congresso Nacional. Entre as prioridades neste segundo semestre estão a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação das bets e de títulos de investimentos isentos.   Fonte: Agência Brasil

Tarifaço sobre parte de exportações brasileiras entra em vigor hoje

O Porto de Santos responde por quase 30% da balança comercial do país. Importação, exportação, balança comercial, porto, navio, container,  comércio exterior - Foto: Divulgação/Porto de Santos

Entraram em vigor, nesta quarta-feira (6), as tarifas de 50% impostas sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos. A medida, assinada na semana passada pelo presidente norte-americano Donald Trump, afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado estadunidense, o que representa 4% das exportações brasileirasCerca de 700 produtos do Brasil ficaram fora do tarifaço

Café, frutas e carnes estão entre os produtos que passam a pagar uma sobretaxa de 50%. Ficaram de fora dessa taxa suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes, polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos.

O tarifaço imposto ao Brasil faz parte da nova política da Casa Branca, inaugurada por Donald Trump, de elevar as tarifas contra parceiros comerciais na tentativa de reverter à relativa perda de competitividade da economia americana para a China nas últimas décadas.

No dia 2 de abril, Trump iniciou a guerra comercial impondo barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, foi imposta, em abril, a taxa mais baixa, de 10%.

Porém, no início de julho, Trump elevou a tarifa para 50% contra o Brasil em retaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder o pleito de 2022.

Especialistas consultados pela Agência Brasil avaliam que a medida é uma chantagem política com objetivo de atingir o Brics, o bloco de potências emergentes que tem sido encarado por Washington como uma ameaça à hegemonia estadunidense no mundo, em especial, devido à proposta de substituir o dólar nas trocas comerciais.

Lula

Em pronunciamento no domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que não quer desafiar os Estados Unidos, mas que o Brasil não pode ser tratado como uma “republiqueta”. O presidente disse ainda que pais não abre mão de usar moedas alternativas ao dólar.

O governo brasileiro informou ainda que o plano de contingência para auxiliar as empresas afetadas pelo tarifaço será implementado nos próximos dias, com linhas de crédito e possíveis contratos com o governo federal para substituir eventuais perdas nas exportações.

Negociações

Após a confirmação da imposição das tarifas na semana passada, a Secretaria de Tesouro dos Estados Unidos entrou em contato com o Ministério da Fazenda para iniciar as negociações sobre as tarifas, ao mesmo tempo que Trump anunciou estar disposto a conversar, pessoalmente, com o presidente Lula.

Já nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as terras raras e minerais críticos podem ser objeto de negociação entre Brasil e Estados Unidos. Esses minérios são essenciais para a indústria de tecnologia, e é um dos principais motivos de disputa entre Pequim e Washington.

“Temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais. Podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes”, disse Haddad em entrevista a uma rede de televisão.

Ainda segundo o ministro da Fazenda, o setor cafeeiro acredita que pode ser beneficiado por um acordo com os EUA para excluir o produto da lista de mercadorias tarifadas. No mesmo dia que Trump assinou o tarifaço, a China habilitou 183 empresas brasileiras para exportar café para o país asiático. Fonte: Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil

Aposta de Bacabal, no MA, acerta a quina da Mega-Sena e fatura mais de R$ 72 mil

Bilhetes da Mega-Sena — Foto: Marcelo Brandt/g1

Uma aposta feita no município de Bacabal acertou cinco dos seis sorteados no concurso 2.897 da Mega-Sena, na noite dessa terça-feira (5). O apostador ou apostadora, por um número, não levou o prêmio principal, mas garantiu um valor de R$ 72.695,12 na conta.

As dezenas sorteadas foram: 01 – 06 – 24 – 27 – 28 – 57.

O jogo de sete números apostados foi feito por internet banking. Outras 117 apostas em todo o país fizeram a quina e cada uma levará, no mínimo, R$ 36.347,56. Outras 7.644 apostas acertaram a quadra e vão receber, pelo menos, R$ 917,04 cada.Fonte|: G1-MA

Professora é condenada por receber salário sem trabalhar em escola no MA

Martelo da Justiça — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça do Maranhão condenou, no dia 1º de agosto, a professora Diomícia Guimarães, que atuava no ensino fundamental em Lagoa do Mato, por improbidade administrativa. Segundo a decisão, ela recebeu salários sem dar aulas entre abril de 2016 e fevereiro de 2017, e colocou outra pessoa em seu lugar para ensinar no Centro de Ensino Porto do Saber.

A sentença foi assinada pela juíza Débora Jansen Castro Trovão e atende a uma ação movida pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA), por meio do promotor Carlos Allan Costa Siqueira. A denúncia foi feita por duas servidoras municipais.

Diomícia foi condenada a devolver todo o dinheiro recebido durante o período em que não trabalhou, com correção monetária. Ela também perdeu o direito de ocupar cargos públicos, terá que pagar multa equivalente ao valor que recebeu indevidamente e está proibida de fazer contratos com o governo ou receber benefícios públicos por oito anos, mesmo que seja sócia de alguma empresa.

De acordo com o MPMA, em abril de 2016, a professora deixou de dar aulas e colocou outra pessoa em seu lugar, indicada pela então secretária de Educação, Cátia Cilene Porto. Diomícia ainda pagava essa substituta, que recebia R$ 958 por mês. Em março de 2017, ela pediu licença alegando motivos pessoais.

Para o Ministério Público, a professora agiu de forma irregular ao receber salário sem trabalhar, causando prejuízo aos cofres públicos e prejudicando os alunos, já que a pessoa que assumiu seu lugar não tinha formação adequada para dar aulas.

Na sentença, a juíza destacou que Diomícia criou um esquema ilegal de substituição, tratando o cargo público como se fosse algo pessoal. “A ré não apenas se ausentou, mas criou um sistema informal e ilegal de substituição, tratando o cargo público como um bem privado passível de delegação a terceiros, o que revela profundo descaso com os deveres de probidade e com a própria essência do serviço público”, afirmou.

Fonte: G1-MA