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Lula anuncia amanhã R$ 30 bilhões para empresas afetadas por tarifaço

Brasília, (DF) 03/06/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fala durante entrevista coletiva com jornalistas.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

As empresas afetadas pelo tarifaço do governo de Donald Trump receberão R$ 30 bilhões em linhas de crédito, disse há pouco o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao canal Band News, ele adiantou o valor da ajuda em crédito que será anunciada nesta quarta-feira (13).

“Amanhã, vou lançar uma medida provisória que cria uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para as empresas brasileiras que porvntura tiveram prejuízos com a taxação do Trump. [Essa quantia de] R$ 30 bilhões é o começo. Você não pode colocar mais porque não sabe quanto é’, declarou Lula, indicando que o valor pode aumentar, caso seja necessário.

De acordo com Lula, o plano dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis.

“A gente está pensando em ajudar as pequenas empresas, que exportam espinafre, frutas, mel e outras coisas. Empresas de máquinas. As grandes empresas têm mais poder de resistência. Nós vamos aprovar [a medida provisória] amanhã, e acho que vai ser importante para a gente mostrar que ninguém ficará desamparado pela taxação do presidente Trump”, prosseguiu o presidente.

Segundo Lula, o plano procurará preservar os empregos e buscar mercados alternativos para os setores afetados.

“Vamos cuidar dos trabalhadores dessas empresas, vamos procurar achar outros mercados para essas empresas. Estamos mandando a outros países a lista das empresas que vendiam para os Estados Unidos porque a gente tem um lema: ninguém larga a mão de ninguém”, acrescentou.

O presidente também anunciou que ajudará os empresários afetados a brigar, na Justiça estadunidense, contra o tarifaço aos produtos brasileiros. “Vamos incentivar os empresários a brigar pelos mercados. Não dá para dar de barato a taxação do Trump. Tem leis nos Estados Unidos, e a gente pode abrir processo. Eles podem brigar lá”, explicou.

Créditos extraordinários

Mais cedo, pouco após audiência pública no Senado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esclareceu que as medidas de ajuda virão por meio de crédito extraordinário ao Orçamento, recursos usados em situações de emergência fora do limite de gastos do arcabouço fiscal. Esse sistema foi usado no ano passado para socorrer as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Sem dar detalhes sobre o plano, Haddad afirmou que as medidas estão 100% prontas e que contemplam as demandas do setor produtivo. Ele ressaltou que a formulação das propostas ocorreu após reuniões com vários representantes e que deve ser “o necessário para atender aos afetados”. Fonte: Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

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Azul encerra operações em 14 cidades

Apresentação do jato Embraer 195-E2, a maior e mais moderna aeronave comercial já produzida no Brasil, adquirida pela Azul Linhas Aéreas

A companhia aérea Azul informou nesta segunda-feira (11) o encerramento das operações em 14 cidades.

Em nota, a companhia disse que está racionalizando, desde julho, rotas operadas atualmente.

“Os ajustes levam em consideração, ainda, uma série de fatores que vão desde o aumento nos custos operacionais da aviação, impactados pela crise global na cadeia de suprimentos e a alta do dólar, até questões de disponibilidade de frota, bem como o seu atual processo de reestruturação”.

As cidades que não terão mais voos da companhia são: Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE); Campos (RJ); Correia Pinto e Jaguaruna (SC); Mossoró (RN); São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI); Rio Verde (GO); Barreirinha (MA); Três Lagoas (MS); e Ponta Grossa (PR). 

empresa irá concentrar as operações nos aeroportos de Viracopos (Campinas), Confins (Belo Horizonte) e Recife, conhecidos como hubs, reduzindo as rotas com conexões.

Recuperação judicial

A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos desde 28 de maio deste ano.

A companhia firmou acordos de reorganização financeira com alguns parceiros considerados “chave” pela companhia aérea. A medida visa obter US$ 950 milhões em investimentos. A reestruturação da empresa, que inclui parceria com as companhias aéreas norte-americanas United e American Airlines, está estimada em cerca de US$ 1,6 bilhão.

Os acordos de reorganização incluem também credores, um arrendador de aeronaves, entre outros parceiros considerados estratégicos. A Azul informa que suas operações e vendas seguem normalmente, e que todos bilhetes, benefícios e pontos do Azul Fidelidade serão mantidos. Fonte: Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil

Inserção no mercado de trabalho tende a melhorar habilidade de leitura

02/04/2024 - Com menor taxa de analfabetismo do país, DF é referência em educação
O Distrito Federal é a unidade da Federação com a menor taxa de analfabetismo do país (1,7%), segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua mais recente. Adultos sendo alfabetizados na escola. Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

A inserção no mercado de trabalho melhora, principalmente se ocorre durante o estudo formal, os níveis de leitura entre jovens (na faixa de 15 a 29 anos), segundo o estudo Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF). Enquanto 65% dos jovens que estudam e trabalham têm condições de alfabetismo adequadas, esse nível cai para 36% entre aqueles que não estudam nem trabalham e se limita a 43% entre aqueles que somente estudam e a 45% entre os que somente trabalham.

De acordo com o levantamento, apenas um terço da população acima de 15 anos é considerada com alfabetização consolidada no país – 35% dos brasileiros nessa faixa etária são capazes de localizar informações não explícitas e interpretar textos, além de lidar com números complexos. Outros 36% têm alfabetização elementar e conseguem lidar com textos de média extensão e com operações básicas na casa do milhar, enquanto 29% da população são considerados analfabetos funcionais. A pesquisa revela ainda que o ritmo de melhora desses índices é lento e estável nos últimos anos, o que indica a necessidade de mudança de políticas públicas para incluir populações vulneráveis, em especial os mais pobres, negros e indígenas.

“Percebemos que o trabalho presencial também é uma oportunidade de aprendizado. É no trabalho que você convive com alguém que sabe mais que você, que tem um processo, um método, um caminho. Aí, há um colega que te ajuda, alguém que você ajuda e sabe mais do que ele, isso tudo são exercícios que te auxiliam a desenvolver habilidades de vários tipos, inclusive essas que a gente mede, que são de leitura escrita e matemática. O trabalho, o não presencial, remoto, ou até o não trabalho, porque muita gente não conseguiu dar continuidade às suas ocupações, também limitaram essa possibilidade de desenvolvimento”, diz Ana Lima, coordenadora do estudo.

Embora a metodologia utilizada não consiga estabelecer uma relação de causa e efeito que determine se a empregabilidade é relacionada à proficiência ou se efetivamente melhora quando o jovem trabalha, Lima considera possível afirmar que os jovens se beneficiam em ambas as situações: aqueles que dominam rapidamente a capacidade de leitura consolidada têm maior inserção no mercado de trabalho, mas também aqueles que não a tem e passam a frequentar ambientes laborais tendem a melhorar sensivelmente as habilidades nesse quesito. O que preocupa, pondera, é que esse avanço ainda não é o necessário para um mercado de trabalho cada vez mais exigente em termos de capacitação e de uso de técnicas e equipamentos complexos.

“A escolarização dessas pessoas é bem maior do que a geração anterior, e esse jovem está melhor qualificado do que estava na década passada, na geração passada. Ainda assim, ele chega com muitas limitações para atuar num mercado de trabalho cada vez mais sofisticado, que quer mais tecnologia e requer menos trabalho braçal. Esse avanço é insuficiente para atender à qualificação que o empregador espera e para trazer a realização que o trabalhador espera, pois ele também investiu mais tempo nos estudos. Há frustrações dos dois lados”, avalia Ana Lima. Para esse grupo, ela considera que cabe ao poder público fomentar ações de formação continuada e concentrada na relação com o mundo do trabalho, valorizando empregadores e redes educativas com horário flexível.

Ana também considera que a reestruturação da Educação de Jovens e Adultos (EJA), bastante impactada na última década, é um caminho importante, mas com um perfil diferente daquele da virada do século. No período, a valorização de trabalhadores em idade mais avançada e com exclusão histórica tinha um papel mais determinante, o que não percebemos no perfil atual dos estudantes. A EJA mais recente tem, cada vez mais, o papel de conciliar trabalho e a retomada do estudo para jovens que precisaram parar em algum momento. Para a pesquisadora, é natural que esse caminho inclua a formação profissionalizante e a parceria com empresas e entidades de representação dos trabalhadores, o que pode significar a diferença para o grupo, de inclusão mais complexa.

Vulnerabilidades

O estudo destaca a importância de políticas de combate às desigualdades, principalmente quando a análise considera critérios de gênero e raça. Entre as mulheres jovens com analfabetismo funcional, 42% não estudam nem trabalham, ao passo que os  homens na mesma condição representam 17% da amostra. Para os homens que são analfabetos funcionais, 56% apenas trabalhavam, o que o estudo atribui à responsabilidade e ao peso dos cuidados familiares como fator de perpetuação das dificuldades.

No caso dos jovens negros, há maior incidência de analfabetismo funcional (17%) e menor presença no grupo com alfabetismo consolidado (40%), em comparação com os jovens brancos, com índices de 13% e 53%, respectivamente. O estudo não especificou a diferença entre mulheres e homens aliada ao fator raça, porém é comum em estudos de desigualdade a percepção de que a situação se agrava quando há pesquisa efetiva sobre o impacto em mulheres negras. Fonte: Guilherme Jeronymo – Repórter da Agência Brasil

Em 2 anos, 55 defensores de direitos humanos foram mortos, diz estudo

O vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), Darci Frigo durante entrevista coletiva sobre a violência no contexto das eleições 2018.

Pelo menos 55 pessoas que atuam na defesa de direitos humanos no Brasil foram assassinadas nos anos de 2023 e 2024. A informação está no estudo “Na Linha de Frente”, divulgado nessa segunda-feira (11) pelas organizações Justiça Global e Terra de Direitos.

Além dos assassinatos, o estudo mostra que houve 96 atentados, 175 ameaças e 120 episódios de criminalização. Ao todo, foram identificados 486 casos de violência (298 em 2023 e 188 no ano passado).

“Percebemos, na realização desta segunda edição, que a violência contra defensoras e defensores persiste.  Não basta uma esfera do poder público atuar na defesa dos direitos humanos, no âmbito do Executivo federal, por exemplo”,  disse o coordenador da Terra de Direitos, Darci Frigo, na divulgação do estudo.

Ele lembra que, de acordo com o levantamento, existem forças políticas regionais ou locais que se mobilizam para bloquear esses avanços, usando da criminalização por meio do Poder Judiciário ou da violência.

Uma forma de violência, com essa característica, foi a da morte de Maria Bernadete Pacífico, assassinada dentro de casa na comunidade quilombola de Pitanga dos Palmares, na Bahia.

A cada 36 horas

O estudo ressalta o fato de que, mesmo com a redução no total de casos em 2024, a frequência é de um caso de violência a cada 36 horas no Brasil contra pessoas que defendem os direitos humanos.

Um alerta feito pelos pesquisadores é que 80,9% dos casos registrados nesses dois anos foram contra quem atua na defesa ambiental e territorial – 87% dos assassinatos foram por essa motivação.

Policiais militares foram acusados, em 45 episódios, de serem autores das violência, incluindo ao menos cinco mortes. Armas de fogo foram utilizadas em 78,2% desses crimes.

Entre os 55 assassinatos, 78% das vítimas eram homens cisgêneros, 36,4% eram negras e 34,5% indígenas. O estudo identificou 12 assassinatos de mulheres defensoras de direitos humanos, sendo que duas eram trans.

Sede da COP30 em novembro deste ano, o Pará lidera o ranking nacional de violência contra pessoas defensoras dos direitos humanos. Foram 103 casos registrados em dois anos. Desses, 94% foram contra pessoas que atuam na defesa do meio ambiente e dos territórios.

Caminhos

Na avaliação de Sandra Carvalho, cofundadora e coordenadora do programa de Proteção de Defensores/as de Direitos Humanos e da Democracia da Justiça Global, é importante que o Brasil fortaleça a política pública de proteção com a institucionalização de um sistema nacional.

“Sobretudo, [é importante que] avance nas investigações e na responsabilização de pessoas que cometem crimes de ameaças, homicídios, atentados, entre outros, enfrentando o grave quadro de impunidade”, afirma.

Diante do cenário de violência persistente, as organizações recomendam ações articuladas entre os poderes da República, estados e municípios. O estudo cobra do governo brasileiro o cumprimento integral do Acordo de Escazú, tratado internacional que trata do acesso à informação, à participação pública e à proteção de defensores ambientais na América Latina e no Caribe. Fonte: Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil

Jovem tem casa invadida e é assassinado a tiros na Zona Sul de Teresina

Local de crime, homicídio, no Piauí — Foto: Maria Romero/g1

Um jovem de 19 anos teve a casa invadida por criminosos e foi assassinado com cerca de sete tiros na região da Vila Tiradentes, na Zona Sul de Teresina. O caso ocorreu no final da manhã desta segunda-feira (11).

Conforme o 6º Batalhão da Polícia Militar (6º BPM), testemunhas informaram que um grupo de homens armados invadiu a residência por volta 12h. A vítima estava em um dos cômodos e foi atingida na região das costas.

Os criminosos fugiram após o crime e não foram localizados até a última atualização desta reportagem.

A área foi isolada pela Polícia Militar e o Instituto de Medicina Legal (IML) acionado. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) irá investigar o caso. Fonte: G1-PI

Motorista de app é vítima de sequestro relâmpago em SL; quatro suspeitos foram detidos, um deles é adolescente

Uma equipe da Polícia Militar foi acionada e conseguiu interceptar o veículo e prender três pessoas, além de apreender um adolescente. — Foto: Divulgação (imagem ilustrativa)

Um motorista de carro por aplicativo foi vítima de sequestro relâmpago na noite desse domingo (10), no bairro da Janaína, em São Luís. Quatro suspeitos de praticar o crime foram detidos, um deles é adolescente.

Segundo a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), dados preliminares apontam que o motorista de aplicativo teria sido rendido por quatro pessoas, sendo colocado no porta-malas do próprio carro. De posse do veículo, os criminosos praticaram outros assaltos pela região.

Uma equipe da Polícia Militar foi acionada e conseguiu interceptar o veículo e prender três pessoas, além de apreender um adolescente. Um dos presos foi ferido por um disparo de arma de fogo após confrontar os agentes de segurança. O suspeito foi encaminhado para uma unidade hospitalar da região.

Já o motorista de aplicativo foi resgatado sem ferimentos, sendo liberado após prestar depoimento na delegacia.

O caso de roubo foi registrado no Plantão Policial da Cidade Operária.Fonte: G1-MA

Suspeito de matar homem com tiro na cabeça em loja de conveniência é preso, no Sertão da PB

Homem é assassinado com tiro na testa em loja de conveniência, em Cajazeiras — Foto: TV Cabo Branco

O suspeito de matar um homem com um tiro na cabeça em uma loja de conveniência na cidade de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, foi preso nesta segunda-feira (11), na zona rural de Sousa, também no Sertão. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil.

De acordo com o delegado Paulo de Tarso, responsável pela prisão, o suspeito estava escondido na casa de parentes em um sítio. Ele fugiu desde o dia do crime na cidade de Cajazeiras, na sexta-feira (8), para esse lugar. O homem confessou o crime e alegou ter jogado fora a arma com a qual disparou.

Após ser preso, em depoimento, o homem disse que atirou contra a vítima porque estava recebendo ameaças. Conforme o preso, os dois homens não tinham relação de amizade prévia e nem se conheciam.

O suspeito foi encontrado atrás de um armário na casa desses parentes. O delegado Paulo de Tarso informou que esses familiares mantinham à contra gosto o suspeito na residência, mas não forneceu mais detalhes dessa ajuda que estava sendo concedida.

O crime

No dia 8 de agosto, de acordo com a Polícia Civil, a vítima e o suspeito teriam discutido na loja antes do crime acontecer. Após a discussão, o suspeito saiu do local e foi até um carro, onde pegou um revólver e retornou para a loja na intenção de cometer o assassinato. No vídeo, é possível ver o momento em que o homem aponta a arma para a testa da vítima.

A vítima foi identificada como Rafael Saturno da Silva, de 32 anos de idade. Ele ainda foi socorrido para o Hospital Regional de Cajazeiras, mas não resistiu e morreu. Fonte: G1-PB

Corpo de homem é encontrado na areia da praia do Cabo Branco, em João Pessoa

Corpo estava de bruços na areia do Cabo Branco — Foto: Antonio Vieira/TV Cabo Branco

Um homem foi encontrado morto na areia da praia do Cabo Branco, em João Pessoa, no início da manhã desta terça-feira (12). Segundo a Polícia Militar, ele foi identificado como Márcio Luiz Wagner rodrigues, de 53 anos.

A Polícia Militar informou também que o homem é natural do Rio Grande do Sul, mas não há informações se ele era turista ou se possuía residência em João Pessoa.

O corpo, que estava de bruços, não apresentava sinais de violência e a suspeita inicial é de morte natural, no entanto, o Instituto de Polícia Científica (IPC) deve fazer exames.

Próximo ao local onde o corpo estava, a Polícia Militar encontrou um carro onde estavam pertences e documentos do homem.Fonte: G1-PB

PGR denuncia casal que arrecadou R$ 1 milhão para acampamento golpista

Polícia e Exército se concentram na frente do QG do Exército para desmobilização de acampamento de bolsonaristas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um casal acusado de arrecadar dinheiro para manter o funcionamento do acampamento golpista montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília, no final de 2022.

Na manifestação enviada no mês passado ao STF, a procuradoria acusa Rubem Abdalla Barroso Junior e Eloisa da Costa Leite dos crimes de associação criminosa e incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, o casal montou uma tenda de alimentação dentro do acompanhamento e solicitou doações em dinheiro, via Pix, para compra de arroz, feijão, carne, salada e suco.

Segundo os investigadores, Eloisa da Costa realizou movimentações bancárias suspeitas de aproximadamente R$ 1 milhão.

“A dinâmica do casal consistia na arrecadação de recursos, por meio de chave Pix, vinculada à conta bancária de Eloisa da Costa Leite, para posterior repasse dos valores a Rubem Abdalla Barroso Junior. Parte da quantia angariada foi destinada para incitar a prática de atos antidemocráticos mediante o fornecimento de alimentos aos frequentadores do QGEx”, afirmou a PGR.

denúncia foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos da trama golpista no Supremo. Não há prazo para julgamento da denúncia, que vai decidir se os investigados se tornarão réus pelas acusações.

Rubem Abdalla e Eloisa da Costa não indicaram nenhum advogado para realizar a defesa das acusações no STF. Fonte: André Richter – Repórter da Agência Brasil

Câmara vai pautar projeto contra ‘adultização’ de crianças nas redes

Brasília (DF), 29/05/2025  - Presidente da Câmara dos deputados, Hugo Motta, durante coletiva à imprensa após a reunião de lideres.  Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), informou nesta segunda-feira (11) que vai pautar projetos que combatam ou restrinjam o alcance de perfis e conteúdos nas redes sociais que promovam a ‘adultização’ de crianças e adolescentes.

O tema ganhou enorme repercussão após denúncias do influenciador Felca Bress contra perfis que usam crianças e adolescentes com pouca roupa, dançando músicas sensuais ou falando de sexo em programas divulgados nas plataformas digitais.

“O vídeo do Felca sobre a ‘adultização’ das crianças chocou e mobilizou milhões de brasileiros. Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade. Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão. Obrigado, Felca. Conte com a Câmara para avançar na defesa das crianças”, afirmou Motta em uma rede social.

O influenciador Felca tem exposto perfis com milhões de seguidores na internet que usam crianças e adolescentes em situações consideradas de adultos para aumentar as visualizações e arrecadar mais recursos, a chamada “monetização” dos conteúdos.

“Devemos cobrar em massa uma mudança nas redes sociais para que conteúdos como esses não sejam espalhados, permitidos nem monetizados. Tira o dinheiro dessa galera que tudo que eles fazem perde o sentido”, defendeu Felca nesse fim de semana.

O governo federal elogiou a iniciativa de Motta. A ministra das relações institucionais, Gleisi Hoffmann, que é a responsável pela relação com o Legislativo, defendeu que é preciso responsabilizar as plataformas.

[As plataformas] são capazes de identificar praticamente tudo o que fazem seus usuários. Não podem fingir que não é com elas, como normalmente acontece. E a internet não pode continuar sendo uma terra sem lei; uma arma poderosa nas mãos de pedófilos, incitadores de mutilações e suicídios, golpistas e criminosos”, afirmou.

O tema também foi comentado pelo advogado-geral da Uniao (AGU), Jorge Messias, que alertou para a promoção de conteúdos criminosos pelos algoritmos das redes sociais.

“Regulamentar adequadamente o uso de plataformas digitais é uma necessidade civilizatória dos nossos tempos: algoritmos têm propagado conteúdo criminoso com crianças. Quem confunde combate à pornografia infantil com ‘censura’ age de má-fé”, destacou.

Adultização infantil

A ‘adultização’ infantil se refere à exposição precoce de crianças a comportamentos, responsabilidades e expectativas que deveriam ser reservadas aos adultos.

A prática pode provocar a erotização e apresenta efeitos que prejudicam o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças, segundo a Instituto Alana, organização que trabalha na proteção da criança e do adolescente.  Fonte: Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil