Blog do Walison - Em Tempo Real

Governo brasileiro condena criação de novos assentamentos na Palestina

Brasília 60 Anos - Palácio Itamaraty

O governo brasileiro condenou o plano de Israel de construir mais de 3.400 moradias em um novo assentamento na Palestina, localizado entre Jerusalém Oriental e Jericó.

 “O projeto ameaça dividir a Cisjordânia em duas partes — Norte e Sul — e isolar Jerusalém Oriental do restante daquele território”, diz nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Ainda segundo o MRE, “a construção dos novos assentamentos pode isolar Jerusalém Oriental do restante da Cisjordânia, colocando por terra a criação do Estado Palestino”.

Para o governo brasileiro, a “medida representa flagrante violação do direito internacional, em especial da Resolução 2334 (2016) do Conselho de Segurança, assim como grave afronta ao parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça, emitido em 19 de julho de 2024”.

De acordo com o MRE, o parecer da Corte “considerou ilícita a contínua presença de Israel no território palestino ocupado e concluiu ter aquele país a obrigação de cessar, imediatamente, quaisquer novas atividades em assentamentos e de evacuar todos os seus moradores”.

A nota divulgada pelo MRE conclui ressaltando o “direito inalienável” dos palestinos de terem o seu Estado.

“Ao recordar o direito inalienável do povo palestino a um Estado independente e soberano, o Brasil insta Israel a abster-se de adotar ações unilaterais equivalentes à anexação do território palestino ocupado, as quais ameaçam a viabilidade da implementação da solução de dois Estados e comprometem o alcance de uma paz sustentável na região”. Fonte: Agência Brasil

Mais de 600 mil ainda não aderiram a acordo sobre descontos no INSS

Brasília (DF), 14/05/2025 - Aposentada Neide Maria, recebeu o aviso no APP meu INSS, que teve desconto associativo nos últimos 5 anos.
A partir desta quarta-feira (14), os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem requerer a devolução de valores descontados indevidamente nos últimos anos. O pedido deve ser feito por meio do aplicativo Meu INSS, pelo site de mesmo nome ou pelo telefone 135.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Pelo menos 613 mil aposentados e pensionistas do INSS, que têm direito ao ressarcimento de descontos indevidos, ainda não fizeram a adesão ao acordo para receber o dinheiro de volta.

O acordo garante que as vítimas da fraude possam receber os valores que foram descontados, de forma integral e corrigidos pela inflação, diretamente na conta bancária onde o benefício é pago.

Podem fazer a adesão aqueles que contestaram e não receberam, em até 15 dias úteis, resposta da entidade ou associação responsável pelos descontos indevidos. Se enquadram todos que tiveram descontos entre março de 2020 e março de 2025 e aqueles com processo na justiça, que devem desistir da ação para ter o ressarcimento.

Ainda para aderir ao acordo, o beneficiário deve formalizar a contestação dos descontos junto à Previdência Social até o dia 14 de novembro, pelo aplicativo Meu INSS, na central 135 ou em agências dos Correios. Até agora, mais de 1,8 milhão de beneficiários, o que representa 75% dos que estão aptos, já aderiram ao acordo.  A expectativa é que 99% deles recebam os valores descontados indevidamente até a próxima segunda-feira, dia 18.Fonte: Cristiane Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional

EUA cancelam vistos da filha e da esposa do ministro Alexandre Padilha

Rio de Janeiro (RJ), 06/07/2025 – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fala com a TV Brasil durante a Cúpula de líderes do Brics. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os Estados Unidos cancelaram, nesta sexta-feira (15), os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Já o próprio ministro está com o visto vencido desde 2024, portanto, não é passível de cancelamento.

Nesta semana, o Departamento de Estado dos Estados Unidos revogou os vistos de funcionários do governo brasileiro ligados à implementação do programa Mais Médicos. Foram revogados os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral para 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).

Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, justifica que os servidores teriam contribuído para um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” por meio do Mais Médicos.

Padilha também era ministro da Saúde quando o Mais Médicos foi criado, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013. O programa atende regiões remotas e com escassez desses profissionais. De 2013 até 2018, médicos cubanos participaram do programa por meio de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Após a sanção aos funcionários brasileiros, Padilha defendeu o programa que, segundo ele, “sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja”.

Exportação de médicos

Os EUA impõem, há mais de 60 anos, um duro bloqueio econômico à ilha caribenha com o objetivo de mudar o regime político do país, estabelecido após a Revolução de 1959. Como a exportação de médicos é uma das principais formas de Cuba conseguir recursos frente ao bloqueio, o governo de Donald Trump tenta, desde o início de seu segundo mandato, constranger os países que recebem profissionais cubanos.

Cuba tem esse programa de cooperação desde a década de 1960. Ao longo da história, 605 mil médicos cubanos atuaram em 165 nações. De acordo com dados do Ministério da Saúde de Cuba, países como Portugal, Ucrânia, Rússia e Espanha, Argélia e Chile já receberam médicos da ilha.

No Brasil, durante o governo de Jair Bolsonaro, o Mais Médicos mudou de nome – para Médicos pelo Brasil – e o acordo com a Opas foi encerrado. Em 2013, o programa foi reformulado e ampliado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, rebatizado como Mais Médicos, com prioridade para profissionais brasileiros e abertura de vagas para outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais.Fonte: Andreia Verdélio e Paula Laboissière – Repórteres da Agência Brasil

Motta envia pedido cassação de Eduardo Bolsonaro ao Conselho de Ética

Brasília (DF) 19/11/2024 Deputado Eduardo Bolsonaro durante entrevista a imprensa.  Foto Lula Marques/ Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou ao Conselho de Ética, nesta sexta-feira (15), 20 pedidos para abertura de processos por quebra de decoro parlamentar contra 11 deputados, incluindo quatro representações que solicitam a cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

No mesmo despacho, Motta enviou representações contra outros 10 deputados por quebra de decoro parlamentar: André Janones (Avante-MG); Gustavo Gayer (PL-GO); Lindbergh Farias (PT-RJ); Gilvan da Federal (PL-ES); delegado Éder Mauro (PL-PA); Guilherme Boulos (PSOL-SP); José Medeiros (PL-MT); Sargento Fahur (PSD-PR); Kim Kataguiri (União-SP) e Célia Xakriabá (PSOL-MG).

Eduardo Bolsonaro

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo é investigado por obstrução à Justiça e coação no curso de processo judicial no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar se licenciou do cargo e foi para os Estados Unidos, de onde passou a defender sanções contra a economia brasileira e autoridades do país.

O filho do ex-presidente é denunciado por atentar contra a soberania do país ao articular “sanções ao Brasil”, em três representações do PT e uma do PSOL.

“O representado, em total dissintonia com a realidade, atentando contra os interesses nacionais, patrocina, em Estado estrangeiro, retaliações contra o seu próprio país e também contra um dos integrantes do Supremo Tribunal Federal”, diz a representação do PT.

O PT sustenta que as ações do parlamentar são articuladas para “coagir, intimidar ou retaliar membros do Poder Judiciário brasileiro, em especial o relator da ação penal contra Jair Bolsonaro e do inquérito da tentativa de golpe de Estado em curso no STF”.

Eduardo Bolsonaro, no entanto, alega que é “perseguido político”. Ele afirma que a taxação comercial imposta pelos Estados Unidos contra a economia do Brasil só será revista com “anistia geral e irrestrita” a todos os condenados pela tentativa de golpe de Estado para anular as eleições presidenciais de 2022.

Motim

A pauta da anistia foi uma das reivindicações da oposição durante o motim de parlamentares na primeira semana de agosto, quando deputados impediram os trabalhos legislativos.

Em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (14), o presidente da Câmara, Hugo Motta, informou que não irá ceder à chantagem de pautar o projeto enquanto não houver maioria do colégio de líderes para votar o tema.

Segundo Motta, não é razoável anistiar pessoas que planejaram matar pessoas.

“Não há ambiente na Casa para uma anistia ampla, geral e irrestrita”, afirmou.

O pai de Eduardo Bolsonaro, o ex-presidente Jair Bolsonaro, é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar uma tentativa de golpe de Estado ao pressionar comandantes militares para anular a eleição presidencial de 2022.

Nas investigações, a Polícia Federal (PF) encontrou planos para matar e prender autoridades do país. Os acusados negam e o STF marcou o julgamento contra o ex-presidente para o dia 2 de setembro.Fonte: Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil

Nunes vota por absolvição, mas maioria do STF condena Carla Zambelli

Brasília (DF) 23/04/2024  Deputada Carla Zambelli durante coletiva na Câmara dos Deputados. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta sexta-feira (15) o julgamento do processo em que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (foto) (PL-SP) é ré por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. 

O julgamento foi retomado com o voto do ministro Kassio Nunes Marques, que havia pedido vista (mais tempo para análise) do caso em março e, até o momento, foi o único a votar pela absolvição da parlamentar. Ele não divulgou o voto escrito.

Em março, contudo, quando o caso foi a julgamento pela primeira vez, já havia sido alcançada maioria pela condenação da parlamentar a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto.

Seis ministros votaram pela condenação: o relator, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Tofolli. 

Todos seguiram o entendimento de Mendes, que votou também pela perda do mandato em função da condenação criminal.

O caso é julgado no plenário virtual, e os demais ministros têm até as 23h59 da próxima sexta-feira (22) para votar. Restam os votos dos ministros Luís Roberto Barroso, André Mendonça, Luiz Fux e Edson Fachin.

Relembre o caso

A ação penal julgada agora pelo Supremo Tribunal Federal está relacionada ao episódio em que Zambelli sacou uma arma de fogo numa via pública de São Paulo e apontou para o jornalista Luan Araújo, que perseguiu até uma lanchonete onde ele tentou se proteger. 

O caso ocorreu às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

Em seu voto, Gilmar Mendes afirmou que a reação armada diante de ofensas não encontra amparo no Estado Democrático de Direito.

“Ao adentrar no estabelecimento comercial com a arma em punho apontada para Luan, determinando repetidas vezes que o mesmo deitasse no chão, a ré claramente forçou-o a fazer ato contrário à sua vontade, utilizando-se da arma de fogo para subjugá-lo, mediante grave ameaça, restringindo sua liberdade momentaneamente”, afirmou o relator.

Segunda condenação

Caso confirmada, essa será a segunda condenação de Carla Zambelli pelo STF, após ela ter sido condenada, em maio, a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Antes de ser presa, contudo, Zambelli fugiu para a Itália, país do qual também possui cidadania. No fim de julho, ela foi localizada e presa pelas autoridades italianas, depois de ter sido incluída na difusão vermelha da Interpol.

Em seguida, a Justiça italiana decidiu mantê-la presa após ela ter sido apresentada a um juiz, procedimento similar à audiência de custódia realizada no Brasil.

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil. Não há prazo para decisão final sobre a extradição, que será avaliada pela justiça italiana. Fonte: Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil

Alexandre de Moraes autoriza presidente do PL a visitar Jair Bolsonaro

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, fala com a imprensa no Centro de Eventos e Convenções Brasil, em Brasília.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Conforme a decisão, a visita deverá ser no dia 28 de agosto, entre 10h e 18h.

Desde o dia 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro. As visitas foram restringidas a familiares e aliados, que precisam de autorização do Supremo.

Moraes atendeu ao pedido feito na terça-feira (12) por Valdemar. Presidente do partido de Bolsonaro, o político disse que teve o pedido de visita negado anteriormente pelo ministro por ter feito a solicitação diretamente ao Supremo.

A nova solicitação da visita foi feita após o ministro entender que os pedidos devem ser feitos pela defesa do ex-presidente, e não por pedidos avulsos protocolados por aliados.

Na decisão desta sexta-feira, após demonstrar que Bolsonaro tem interesse em recebê-lo, Valdemar conseguiu a liberação da visita.

A prisão e as restrições de visitas foram decretadas após o ministro entender que Bolsonaro usou as redes sociais de seus filhos para burlar a proibição do ministro, inclusive por intermédio de terceiros.

As medidas cautelares foram determinadas no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado pela sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo.

Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política.

Nesse processo, Bolsonaro é investigado por mandar recursos, via pix, para bancar a estadia de seu filho no exterior. Bolsonaro também é réu no STF na ação penal da trama golpista.Fonte: André Richter – Repórter da Agência Brasil

STF marca para 2 de setembro julgamento de Bolsonaro na trama golpista

Brasília (DF), 26/03/2025  - Ex-presidente Jair Bolsonaro durante declaração a imprensa após virar Réu no STF. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 2 de setembro o início do julgamento da ação penal que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados, todos réus por tentativa de Golpe de Estado

O julgamento foi marcado para começar às 9h. Zanin reservou oito sessões para a análise do caso, seis delas extraordinárias, ou seja, realizadas em horários fora do previsto para a Primeira Turma. 

Além do 2 de setembro, com uma sessão pela manhã e outra a tarde, a demais sessões estão previstas para ocorrer nos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro, conforme cronograma divulgado pela secretaria da Primeira Turma.

A ação penal 2668 é a mais avançada relacionada à trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como alvo o núcleo 1 da trama, também chamado núcleo “crucial”, grupo formado pelo que seriam as principais cabeças do complô.

Além do relator, ministro Alexandre de Moraes, vão participar do julgamento os outros quatro ministros que compõem a Primeira Turma – Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Como de costume nas análises de mérito e presenciais, o julgamento deve ser inteiramente transmitido pela TV e Rádio Justiça, bem como pelo canal do Supremo na plataforma YouTube.

Relembre

ação penal 2668 é a mais avançada relacionada à trama golpista denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como alvo o núcleo 1 da trama, também chamado núcleo “crucial”, grupo formado pelo que seriam as principais cabeças do complô.

Pela denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, elaborada com base nas investigações da Polícia Federal (PF), Bolsonaro foi o líder de uma trama golpista que tinha como objetivo mantê-lo no poder mesmo com derrota na tentativa de reeleição, em 2022. 

Segundo a narrativa da acusação, o plano golpista começou a ser colocado em prática em meados de 2021, quando Bolsonaro orientou o alto escalão de seu governo a atacar o sistema eletrônico de votação, de modo a desacreditar o processo eleitoral e criar o clima social propício a uma ruptura democrática. 

Ainda segundo o PGR, a tentativa de golpe culminou com o 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro que não aceitavam o resultado das eleições invadiram e depredaram amplamente as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Entre as provas apresentadas estão, por exemplo, minutas de um decreto golpista encontradas em endereços dos investigados, bem como rascunhos de planos como “Luneta”, “Copa 2022” e “Punhal Verde Amarelo”.

O PGR enfatizou que tais planos chegaram a prever, inclusive, o sequestro e assassinato de autoridades ainda em 2022, entre as quais o ministro do STF Alexandre de Moraes, o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice eleito, Geraldo Alckmin. 

Todos os oito réus do núcleo 1 foram acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem superar os 30 anos de prisão.

O julgamento final da ação penal contra Bolsonaro foi marcado pouco depois de todas as defesas terem entregado ao Supremo suas alegações finais no caso. O prazo final para isso se encerrou na última quarta (13).

Defesas

Com a exceção da defesa de Bolsonaro, que chamou a narrativa da PGR de “absurda” e “golpe imaginado”, as demais defesas optaram em geral por não contestar a existência de uma trama golpista em si, mas concentraram esforços em desvincular seus clientes de um eventual complô, mesmo que fique provada a existência deste.

Todos os advogados pediram a absolvição de todas as acusações. Fonte: Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil

Secretário é morto por guarda municipal durante discussão de trânsito no interior do MA

Secretário é morto por guarda municipal durante discussão de trânsito no interior do MA — Foto: Reprodução/Redes sociais

O secretário municipal de Obras da cidade de Buriti, a 326 km de São Luís, foi assassinado por um guarda municipal, durante uma briga de trânsito. Antônio José Ferreira da Silva, conhecido como “Toinho Francês”, foi morto com um tiro na região do peito, na manhã desta quinta-feira (14).

Segundo testemunhas, os homens começaram a discutir, em frente ao Hospital Municipal Benedito Machado, na avenida Candoca Machado, em Buriti. Durante a briga, o secretário teria dado um tapa no rosto do guarda, que sacou uma arma de fogo e baleou a vítima.

Toinho Francês ainda chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal, mas acabou morrendo.

Após o crime, o guarda municipal, identificado como Josenilson de Lima da Conceição, foi preso em flagrante pela Polícia Militar e levado para a Delegacia Regional de Chapadinha. A arma usada no crime também foi apreendida.

O guarda municipal Josenilson de Lima da Conceição foi preso em flagrante, pela morte do secretário Antônio José Ferreira da Silva. — Foto: Reprodução/TV Mirante

O guarda municipal Josenilson de Lima da Conceição foi preso em flagrante, pela morte do secretário Antônio José Ferreira da Silva. — Foto: Reprodução/TV Mirante

O guarda municipal afirmou que estava em serviço e havia pedido para o secretário, que pilotava uma motocicleta, aguardar a travessia de alguns alunos, que passavam na via. Em seguida houve uma agressão e o tiro contra Toinho Francês.

Quatro suspeitos de envolvimento em morte de adolescente em escola são detidos em Teresina

Atleta da base do River-PI é assassinado a tiros em escola de Teresina — Foto: Reprodução/Instagram

Dois adultos foram presos e dois adolescentes apreendidos por suspeita de envolvimento na morte do atleta Alex Mariano Nascimento Moura, de 16 anos, dentro de uma escola na Zona Sul de Teresina. O crime aconteceu na manhã de quinta-feira (14). O suposto atirador, um adolescente de 17 anosfugiu e é procurado pela polícia.

Segundo um dos adolescentes apreendidos, que prestou depoimento à Polícia Civil do Piauí (PCPI), Alex foi morto por causa de uma foto publicada no Instagram em que ele aparece com uma arma. Os suspeitos acreditaram que o jovem fazia parte de uma facção criminosa.

O adolescente conhecido como “Neguinho” foi apreendido na tarde de quinta. Na madrugada desta sexta-feira (15), outro adolescente foi detido, além de um homem e uma mulher.

O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) afirmou que “Neguinho” foi encontrado no bairro Torquato Neto, na Zona Sul da capital, e levado à delegacia para depor.

De acordo com o Draco, ele mostrou a foto de Alex a três suspeitos de integrarem uma facção criminosa. Dois deles são conhecidos como “Balinha” e “Maguim”.

Conforme a Polícia Civil, “Maguim” pegou o celular, pulou o muro da escola e disse que voltaria para matar Alex. Minutos depois, “Neguinho” chamou a vítima sob o pretexto de devolver o aparelho, mas o jovem foi assassinado no fundo da escola por “Maguim”, que fugiu em seguida.

Prisões e apreensões na madrugada

 

Durante a madrugada desta sexta, após o depoimento de “Neguinho”, os policiais localizaram a mãe de outro adolescente suspeito. Ela levou o filho até a delegacia.

Esse adolescente confirmou o relato de “Neguinho” e revelou que participou de um “tribunal do crime” dentro da escola, que decidiu pela morte de Alex Mariano.

Após a confirmação, os policiais prenderam um homem, uma mulher acusada de enviar a foto da vítima aos criminosos e outro adolescente suspeito de ligação com a facção.

As câmeras de segurança do Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) Residencial Esplanada registraram um homem de capacete caminhando na rua em frente ao muro da escola, minutos antes do crime.

Em seguida, Alex aparece indo para os fundos da escola. Depois, alunos são vistos correndo e o homem é flagrado pulando o muro e fugindo.

Histórico do suposto atirador

 

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) identificou “Maguim”, de 17 anos, como o atirador. Ele tem um histórico de passagens anteriores pela polícia.

Em 2024, o adolescente foi apreendido por tentativa de roubo e investigado pela Delegacia de Segurança e Proteção ao Menor (DSPM).

“Maguim” foi novamente apreendido por roubo, em janeiro deste ano, e ficou 45 dias internado no Centro Educacional de Internação Provisória (Ceip). Durante esse período, foi acusado de dano e ameaça.

Meses depois, em abril de 2025, a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) passou a investigá-lo e o adolescente foi internado pela segunda vez em maio. De acordo com a polícia, ele recebeu liberdade assistida em 14 de julho.

River-PI lamenta morte

 

Alex Mariano jogava nas categorias de base do River-PI, clube de futebol de Teresina. Em nota, a instituição lamentou a morte do jovem e se solidarizou com a família dele. Confira abaixo:

É com profunda tristeza e consternação que recebemos a notícia do falecimento do jovem Mariano, atleta da equipe sub-16 do River Atlético Clube, brutalmente assassinado na manhã desta quinta-feira.

Mariano era um jovem cheio de sonhos, dedicação, alegria e espírito de equipe. Sua partida precoce e violenta deixa uma ferida irreparável em todos que o conheceram e admiravam.

Neste momento de dor, nos solidarizamos com seus familiares, amigos, companheiros de clube e toda a comunidade esportiva. Que encontrem conforto na memória de Mariano e na certeza de que sua luz jamais será apagada. Que a justiça seja feita.Fonte: G1-PI

Influenciador Hytalo Santos é preso em São Paulo

Influenciador Hytalo Santos é preso em SP em investigação contra exploração de menores — Foto: Polícia Civil/Divulgação

O influenciador paraibano Hytalo Santos e o marido dele, Israel Nata Vicente, foram presos preventivamente nesta sexta-feira (15) em uma casa em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e Ministério Público do Trabalho (MPT) por exploração e exposição de menores de idade em conteúdos produzidos para as redes sociais. O caso ganhou repercussão após denúncias do youtuber Felca sobre casos de “adultização” de crianças e adolescentes.

Desde o dia 6, quando Felca, que tem mais de 4 milhões de inscritos no YouTube, citou em um vídeo a atuação de Hytalo na criação desse tipo de conteúdo com menores, o influenciador foi alvo de medidas da Justiça da Paraíba em resposta a uma ação civil pública do MPPB, além de mandados de busca e apreensão.

Procurado, o advogado Sean Abib, que faz a defesa deles, disse que iria “tomar conhecimento” da decisão judicial.

 

A prisão deles envolveu o MP-PB em atuação conjunta com o MPT, a Polícia Civil da Paraíba e de São Paulo, além da Polícia Rodoviária Federal.

As ordens de prisão foram expedidas pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba.

Em sua decisão, o magistrado disse que “há fortes indícios” de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular, produção de vídeos com divulgação em redes sociais e constrangimento de crianças e adolescentes, entre outros crimes.

Ele argumentou ainda que a prisão tem como objetivo “impedir novos atos de destruição ou ocultação de provas, bem como evitar a intimidação de testemunhas”, acrescentando que essas “situações que já vêm ocorrendo desde que os investigados tomaram conhecimento da existência da investigação em seu desfavor”.

O juiz ressaltou que os dois “já destruíram elementos de prova; já removeram tudo aquilo que seria apreendido; já turbaram a investigação criminal, e tais situações estão claras nos autos”.

O magistrado reiterou que as condutas deles “revelam uma ação coordenada para comprometer o curso regular das investigações, dificultar o esclarecimento da verdade e prejudicar a eficácia do trabalho investigativo conduzido por este grupo especial”.

E prosseguiu: “Os representados têm adotado condutas reiteradas para dificultar o esclarecimento da verdade, valendo-se de práticas ilícitas como a tentativa de destruição de documentos e aparelhos eletrônicos, esvaziando às pressas residência, ocultando valores e veículos utilizados”.

Essas condutas evidenciam a necessidade de medidas extremas para assegurar a integridade das provas e a regularidade do procedimento investigativo.
— Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, juiz da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na ParaíbaFonte: g1-PB