Blog do Walison - Em Tempo Real

Homem é preso em flagrante ao agredir mulheres com socos e joelhadas, em São Luís

Homem que foi flagrado agredindo mulheres, em São Luís, segundo a Guarda Municipal — Foto: g1

Um homem foi preso após ser flagrado agredindo duas mulheres com socos e joelhadas, na região do Terminal do São Cristóvão, em São Luís. O nome do homem não foi informado.

Segundo a Guarda Municipal, o caso aconteceu durante a madrugada do último sábado (2), quando os guardas ouviram gritos que vinham da parte externa do terminal. No local, segundo os guardas, um homem foi visto agredindo as mulheres, mas foi imobilizado.

Após a prisão, o homem foi levado para a Casa da Mulher Brasileira, no Jaracaty. Já as mulheres tiveram ferimentos, mas foram socorridas.Fonte: G1-MA

Conselho Federal de Odontologia alerta sobre riscos do morango do amor

Brasília (DF), 02/08/2025 - Morando do amor.
Foto: Receitas já/Divulgação

Popular nas redes sociais como “morango do amor”, o bombom de morango envolvido em calda de caramelo pode trazer riscos à saúde dos dentes. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) alertou na última semana que alimentos duros e pegajosos podem quebrar dentes, além de danificar próteses e aparelhos ortodônticos.

“Além dos diversos conteúdos positivos publicados nas redes sociais, que incluem desde profissionais ensinando a fazer a receita até celebridades saboreando a sobremesa, também viralizaram vídeos de pessoas que quebraram dentes ou lentes dentais. Em outros casos, pacientes tiveram próteses ou contenções ortodônticas arrancadas por ficarem grudadas no caramelo que reveste o doce”, alertou, em comunicado.

A orientação é, em caso de acidente, buscar um consultório odontológico para que seja realizado o atendimento de urgência. O CFO também elencou pontos de atenção para que o “morango do amor” possa ser consumido com segurança.

Cuidados especiais

Para evitar fraturas ao morder o doce, é possível escolher as partes mais finas do caramelo. Durante a mastigação, a pessoa deve usar os molares (os dentes de trás) que são mais fortes e possuem a função de triturar os alimentos.

“O ideal, no entanto, é usar uma faca para partir a casquinha caramelada e colocar pedaços pequenos dentro da boca, de forma que sejam minimizados os riscos”, orientou o CFO.

Como a receita ainda tem alto índice de açúcar, o conselho alerta para o risco de cáries. “A vilã dos sorrisos é provocada pelo acúmulo de biofilme e pela ingestão frequente de açúcares e carboidratos fermentáveis, levando à desmineralização dos dentes”, informou.

“Escove os dentes logo após ingerir o morango do amor, com atenção especial à limpeza interdental. É fundamental que sejam removidos todos os resíduos, especialmente do caramelo que é mais grudento e pode permanecer alojado na superfície dental”, explicou.

Por fim, pacientes com facetas, próteses fixas ou removíveis e aparelhos ortodônticos não devem ingerir alimentos duros e pegajosos. A orientação é buscar por receitas parecidas, sem incluir o caramelo.

“Dependendo do acidente, é possível haver danos irreversíveis aos dispositivos, que podem ser arrancados da boca por ficarem grudados ao doce. Além disso, ao serem danificados, eles podem provocar lesões na cavidade oral”, alertou o conselho.Fonte; Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Bailarino maranhense assina contrato vitalício com a Ópera de Paris

Brasília (DF), 01/08/2025 - Bailarino brasileiro Marcos Souza, contratado da Opera de Paris. Foto: Amanda Braide/Divulgação

O bailarino Marcos Sousa, 18 anos de idade, é o primeiro brasileiro a ter um contrato vitalício para integrar o corpo de baile da tradicional Ópera Nacional de Paris, uma das companhias de balé mais destacadas do mundo. A notícia chegou no dia 28 de junho, e agora Marcos se prepara para voltar à capital francesa e começar uma nova etapa da sua carreira de sucesso. 

Antes dessa vitória, no entanto, precisou enfrentar muitos desafios, mas sempre com a certeza de que o balé era fundamental na sua vida e era assim que poderia conquistar plateias fora do Brasil. Perseverança foi algo que nunca faltou ao jovem maranhense.

Quando ainda menino, na cidade de Grajaú, interior do Maranhão, Marcos Souza já dava sinais de como seria o seu futuro: se divertia dançando em quadrilhas juninas.

Descoberto por Timóteo Cortez, coreógrafo da quadrilha da cidade, foi convidado a dançar em uma academia da sua cidade quando tinha 10 anos. Chegou a parar por um ano, até que recebeu novo convite para voltar à dança e fazer aulas na academia, com possibilidade de participar de uma pré-seleção, em São Luís, da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em 2019. Agora, com 12 anos.

“Fui para São Luís para a pré-seleção, passei para a seleção final em Joinville [Santa Catarina]. Em outubro de 2019, fiz essa audição, passei, e deu tudo certo”, disse à Agência Brasil.

Em 2020, começou os estudos na Escola Teatro Bolshoi no Brasil, e no primeiro ano estava sozinho porque a mãe não pôde ir. Era a primeira vez que ficava distante da família.

“Morar longe da minha família, com novas pessoas, pessoas diferentes, e distante, foi bem difícil para mim”, lembra.

Pandemia

Marcos enfrentou outra barreira no período da pandemia da covid-19. Com apenas dois meses de aulas, teve que enfrentar tudo sozinho.

“Nessa época, eu já estava sem minha família, lugar novo, pessoas novas, escola nova e pandemia, foi bem difícil, mas deu tudo certo nesse primeiro ano”, disse.

Passada essa fase, já integrado na escola, passou a ter a companhia da mãe, que se mudou para Joinville em 2021.

Em setembro de 2023, Marcos realizou um grande sonho, que era estudar na École de Danse de l’Opéra National de Paris, escola vinculada à tradicional Ópera Nacional de Paris, que junto com o Escola do Teatro Bolshoi estão no topo da sua classificação pessoal como as melhores.

O bailarino percebeu que naquele momento estava pronto e queria explorar novos horizontes. E decidiu enviar um e-mail “bem abusado mesmo”, porque, segundo ele, na verdade, não é esse o procedimento.

Na mensagem, em inglês, enviada em 2022, perguntava à direção da Escola de Dança da Ópera Nacional de Paris, se teria possibilidade de fazer uma audição. Mesmo sem receber resposta, não perdeu a esperança e enviou outro e-mail, dessa vez, em francês, em fevereiro de 2023, novamente perguntando sobre a possibilidade de fazer uma audição e dizendo que tinha interesse na escola que era seu sonho. Finalmente recebeu uma resposta, com um pedido dos franceses que encaminhasse um vídeo com uma série de exercícios que deveria fazer, para avaliarem.

“A resposta veio no dia do meu aniversário, em 5 de abril de 2023. Recebi a resposta dizendo que eu tinha uma audição em Paris, e aí, eu soube que ia para Paris. Cheguei na lua muito, muito, muito. Foi tipo de manhã, abri no meu telefone a caixa de e-mail e tinha lá a notificação, em francês. Eu falei que já sabia o que era”, contou, animado, em detalhes.

A ida para a capital francesa para a audição foi na companhia de Germana Saraiva, a primeira professora que teve na Escola Teatro Bolshoi no Brasil.

“Convidei ela, porque é uma pessoa que tenho muita confiança. Foi minha primeira professora no Teatro Bolshoi, uma pessoa que tenho um vínculo muito grande. Ficamos cinco dias em Paris, fiz a audição e deu tudo certo”, disse.

Obstáculo

Como o caminho era sempre com muitos percalços, nesse momento também enfrentou um grande problema. Quatro dias antes da audição teve uma entorse no pé direito.

“Me desmotivou muito. Fiquei muito triste, mas como estava tudo comprado, hotel, passagem de avião, eu não ia desistir assim no meio do caminho. Ia de qualquer forma. Lutei muito para conquistar, e disse ‘vamos’ tentar o meu sonho. Fui depois de muitos cuidados dos terapeutas da Escola Bolshoi, que sempre me ajudaram, sou muito grato”, revelou.

A formação técnica baseada na metodologia russa realizada em 5 anos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil o permitiu mostrar à escola francesa a sua capacidade no balé clássico.

“Cheguei lá e era um método diferente, língua diferente, pessoas diferentes, e foi bem difícil a audição. Fiz a aula, no final a diretora da escola, Elizabeth Platel, me chamou na salinha dela e me falou que eu tinha sido aprovado. Eu pensava que não seria aprovado nessa audição, porque não tinha sido boa a minha aula, estava com o pé torcido, tinha tomado medicamentos para não sentir dor no pé, e aí veio a resposta que eu ia começar em setembro, na terceira divisão”, lembrou, explicando que pelo sistema da escola os pequenos bailarinos começam na sexta divisão e seguem até a primeira, onde estudam os bailarinos de mais idade.

De acordo com Marcos, o primeiro ano na escola parisiense foi de grande dificuldade, em um lugar em que tudo era novo.

“Batalhei muito. Nos primeiros meses chorava de saudade dos meus amigos de Joinville, mas mesmo assim não me desmotivava. O primeiro ano passou, comecei a falar francês, fiz vários amigos”.

Pelo esquema da escola, o ano letivo começa em setembro e vai até o mês de julho seguinte. Por causa do seu talento, o bailarino, que começou na terceira divisão, conseguiu reduzir o tempo de duração do curso de 3 para 2 anos.

“No meio do ano letivo, a diretora da escola e meu professor da época me informaram que eu tinha pulado de série, porque estavam muito felizes com minha evolução. Ela via que eu estava querendo evoluir e fazer parte, realmente, desse trabalho que eles faziam comigo. Fiquei muito feliz, porque via que meu trabalho estava sendo recompensado e na direção correta”, disse.

Na temporada 2024/2025, último ano da escola, novamente Marcos teve que enfrentar problemas. Em novembro de 2024, teve uma lesão no ligamento do tornozelo esquerdo, que o obrigou a ficar sem dançar durante 2 meses.

Apreensivo, com esforço e vontade de recuperar o tempo perdido, Marcos voltou a dançar no final de janeiro de 2025.

“Mas não era sobre isso, era sobre eu me acalmar, fazer as coisas direitinho, no meu tempo. Aí depois veio o espetáculo de fim de ano em abril de 2025, dancei com um outro brasileiro, no palco da Ópera Garnier, em Paris, o João Pedro Silva, a gente fez um duo. A diretora disse que nos colocou juntos porque via que tínhamos uma energia diferente, tinha uma sintonia ali”, lembra, acrescentando que João Pedro, um paulista que morava em Goiânia antes de ir para Paris.

Brasília (DF), 01/08/2025 - Bailarino brasileiro Marcos Souza, contratado da Opera de Paris. Foto: Alicia Cohim/Divulgação
Bailarino brasileiro Marcos Sousa, contratado da Ópera Nacional de Paris – Foto: Alicia Cohim/Divulgação

Com 18 anos e em fim de curso na Escola de Paris, veio a preocupação de ter que arranjar um emprego para se manter na capital parisiense.

“A escola aconselha a gente a fazer audições externas em outras escolas e eu fiz com as minhas amigas. A gente foi para Amsterdã, eu fui, inclusive, para Moscou, para o Teatro Bolshoi. Aí chegou o concurso para a entrada para corpo de baile do Balé da Ópera Nacional de Paris, que foi no dia 28 de junho de 2025”, detalhou.

Para a apresentação, um professor da Ópera Nacional de Paris passa uma aula para o pretendente fazer uns exercícios em 45 minutos, sem utilizar as barras, só fazendo centro e saltos, além de uma variação, que significa um trecho de um balé dançado sozinho, um solo. No caso dele, foi de A Bela Adormecida, da versão do famoso e renomado bailarino e coreógrafo russo Rudolf Nureyev.

Marcos contou emocionado que, no final, o resultado é exposto em uma folha colada na parede com a lista dos aprovados.

“Esse ano passaram três meninos, eu e mais dois, e quatro meninas da minha turma. Foi uma emoção muito grande e eu estava com muita ansiedade”, recordou.

“Na hora que veio o resultado não conseguia acreditar de tanta emoção. A primeira pessoa que eu liguei foi minha mãe, obviamente, que é minha rainha, a pessoa que sempre me apoiou. Depois liguei para a professora Germana Saraiva. Até hoje estou sem acreditar que sou o primeiro homem brasileiro com contrato vitalício com o corpo de baile do Balé da Ópera Nacional de Paris. Passa um carrossel na minha cabeça”, revelou.

Marcos entrou em férias para rever amigos em Joinville, e na sequência encontrar a mãe na cidade de Grajaú, no Maranhão.

Para o diretor-geral da Escola Bolshoi, Pavel Kazarian, ao considerar que mais de 70% dos alunos formados na instituição no Brasil estão empregados na área de dança, é possível “perceber que a arte muda a vida de crianças, de seus familiares e da comunidade ao redor”.

A próxima temporada da companhia da Ópera Nacional de Paris começa no dia 26 de agosto, e Marcos tem retorno previsto para o dia 20 de agosto, quando vai se preparar para o começo do trabalho no seu lugar de sonho. O balé de abertura da temporada será o Giselle, mas o bailarino ainda não sabe o papel que representará.

“Eu gosto muito desse balé Giselle, mas nunca dancei na minha vida. Sempre assisti. Vai ser uma experiência ótima”, avalia.

Escola Bolshoi

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é um projeto cultural que tem influência social, cultural e educacional, representando uma ponte na área cultural entre o Brasil e a Rússia. Começou a funcionar em 15 de março de 2000, em Joinville, sendo a única extensão do Teatro Bolshoi fora da Rússia, e a primeira vez que o Bolshoi transfere o método de ensino de balé, que o tornou uma das mais destacadas instituições do mundo, a outro país.

“Com 25 anos de implantação no Brasil, a primeira Escola do Teatro Bolshoi, educa cerca de 260 alunos do Brasil e países como Argentina, Panamá, Paraguai e Rússia, sendo 54% meninas e 46% meninos. A instituição concede 100% de bolsas de estudo para todos os alunos”, informou o Teatro Bolshoi no Brasil.

O projeto conta com os Amigos do Bolshoi para manter as atividades, incluindo o apoio de empresas e pessoas físicas, por meio de serviços, patrocínios diretos ou incentivos fiscais. Fonte: Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil Edição: Fernando Fraga

Como reconhecer o racismo religioso no ambiente de trabalho

São Gonçalo (RJ), 13/11/2023 - Samuel da Costa, 17 anos, é líder do Grupo Jovem Bala e Pimenta na Tenda Espírita São Lázaro, um terreiro de Umbanda Omolokô, no bairro Pita. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A rotina de um varredor de rua em Brasília incluía, além do trabalho pesado, ser vítima de preconceito por ser adepto da umbanda. Ao reclamar do tratamento, foi demitido. Porém, uma ação movida por ele na Justiça reconheceu que sofreu discriminação e xingamentos no trabalho, e a empresa Valor Ambiental, que presta serviço de limpeza urbana no Distrito Federal, foi condenada a pagar uma indenização de R$ 15 mil ao trabalhador. 

A decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no último dia 23, que reconheceu ter havido racismo religioso, pode servir de caminho de esclarecimento para outras vítimas. Profissionais que passam por violências assim no ambiente profissional podem requerer o direito de trabalhar em paz e não ser vítima de discriminação por conta de sua fé.

Preconceito no trabalho está longe de ser um caso isolado. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), até 31 de julho, houve, de uma forma geral, 515 denúncias de discriminação por conta de cor, origem ou etnia. No ano passado, foram 718 casos. Em relação à discriminação por conta de religiões de matriz africana, como foi o caso do varredor de rua na capital, o MPT recomenda que esses crimes sejam denunciados.

Trabalhador segregado

A procuradora Danielle Olivares Corrêa, que é coordenadora nacional da promoção da igualdade de oportunidades e da eliminação da discriminação no trabalho, esclarece que esse tipo de preconceito pode ser identificado, inclusive, por piadas jocosas e estigmatização das religiões de matrizes africanas. “O preconceito acaba, por exemplo, deixando o indivíduo isolado, às vezes, num grupo de trabalho”, lamentou, em entrevista à Agência Brasil.

A procuradora explica que a pessoa pode ser segregada tanto pelos colegas como pelo superior hierárquico, que não passa determinadas tarefas ou faz brincadeiras jocosas e inadequadas. “Chamamos de racismo recreativo, mas pode acontecer de diversas formas. Por exemplo, não dando oportunidade para aquele trabalhador ser promovido”.

Caminhos de denúncia

Danielle Olivares ressalta ser importante que a pessoa que se sinta ofendida com um comentário preconceituoso possa denunciar, inicialmente pelo canal institucional, e também em outras instâncias, como a delegacia de polícia e o Ministério Público. “Um caminho não exclui os outros”, pondera.

Um desafio é juntar as provas da discriminação. “A principal prova é a testemunhal. São pessoas que tenham testemunhado a conduta assediosa em relação ao trabalhador. Mas pode o racismo ocorrer também pelas redes sociais ou aplicativo de mensagens, por exemplo”, diz a procuradora.

Ela acrescenta que é legítimo haver gravação de conversas discriminatórias para utilização em um futuro processo.  É importante que, dentro das empresas, exista mesmo uma política interna de combate ao racismo. “As empresas podem criar, por exemplo, comitês de diversidade que tragam essa discussão com programas de educação dos trabalhadores”, diz a procuradora.

Conscientização

São recomendáveis, no entender dela, parcerias com coletivos negros e organizações antirracistas, com programas de incentivo à educação, para que as situações de racismo sejam reconhecidas. “Isso deve ser pauta, por exemplo, para as capacitações de trabalhadores quando tratarem da questão do assédio moral”.

A  Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995, proíbe toda forma de discriminação racial na relação de trabalho. “O empregador que não tomar as devidas cautelas de prevenção à discriminação naquele ambiente pode ser alvo de multa e proibição de empréstimos com banco público”. Além disso, a empresa pode ficar sujeita a ser condenada a dano moral coletivo numa ação civil pública do Ministério Público do Trabalho.

Nessas relações de discriminação no campo profissional, a mulher negra está ainda mais vulnerável do que os homens. Inclusive porque já recebe os menores salários, segundo levantamento dos ministérios da Mulher e do Trabalho e Emprego (MTE) divulgado em abril ─ a média salarial é 52,5% menor que a dos homens não negros.

“Sem providências”

No caso do varredor de rua em Brasília, a empresa alegou que a demissão ocorreu por “baixa performance do empregado, em meio a um processo de reestruturação interna”. O TRT avaliou que as provas documentais e testemunhais demonstraram que o trabalhador foi alvo de racismo religioso e que a dispensa ocorreu pouco tempo depois de ter denunciado o tratamento preconceituoso aos superiores hierárquicos da empresa.

Na sentença, o juiz Acélio Ricardo Vales Leite, da 9ª Vara do Trabalho de Brasília, considerou que nenhuma providência foi tomada pela empresa mesmo depois das queixas do empregado.

Em segunda instância, o desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran destacou que a omissão do empregador diante de atos de racismo religioso configura violação à dignidade do trabalhador e impõe a responsabilização civil da empresa.

“A violência verbal também é violência e, para além de um simples xingamento, o reclamante, seguidor da umbanda, sofreu racismo religioso por não professar religiões eurocêntricas advindas do cristianismo”, ressaltou.

A empresa foi condenada a pagar indenização correspondente a seis salários do trabalhador, em dobro, e ficou mantida a decisão de reconhecer o direito do trabalhador ao adicional de insalubridade em grau máximo (40%), devido às condições profissionais.

Empresa nega racismo

Em nota, a empresa Valor Ambiental apontou que recebeu com “perplexidade” a decisão da justiça e reclamou que a condenação teria ocorrido  a partir de um depoimento do empregado durante o período de aviso prévio dele.

Além disso, negou que existam provas do racismo religioso. “As alegações de discriminação religiosa só chegaram ao conhecimento da empresa após o ajuizamento da ação”, ponderou a empresa que vai recorrer da decisão.Fonte: Luiz Claudio Ferreira – repórter da Agência Brasil

Vale abre mais de 100 vagas de estágio no Maranhão

A Vale está com inscrições abertas para o seu Programa de Estágio 2025, oferecendo mais de 100 vagas no Maranhão. As oportunidades são para as cidades de São Luís, Santa Inês, Açailândia, Alto Alegre do Pindaré e São Pedro da Água Branca.

O programa é destinado a estudantes do ensino superior com previsão de formatura entre dezembro de 2026 e dezembro de 2028. O início do estágio está previsto para novembro de 2025.

As vagas contemplam diversas áreas, incluindo Engenharias, Geologia, Administração, Contabilidade, Comunicação e Tecnologia da Informação. Há oportunidades nos formatos presencial e híbrido, com carga horária de 6 horas diárias.

Os estagiários selecionados terão a chance de participar de projetos, vivenciar os desafios do dia a dia da empresa e acessar mentorias de carreira e conteúdos focados no futuro do trabalho.

Além da experiência, a Vale oferece uma bolsa-auxílio de R$ 1.500, além de benefícios como:

Vale-transporte (quando aplicável)
Vale-refeição ou alimentação na empresa (quando aplicável)
Assistência médica
Gympass
Seguro de vida
Cesta de Natal
Recesso remunerado de 15 dias a cada 6 meses
Processo Seletivo
O processo seletivo é totalmente online e consiste em quatro etapas eliminatórias:

Inscrições
Testes online
Dinâmicas de grupo
Painel com gestores
A duração do estágio é de um ano, com possibilidade de renovação por mais 12 meses. As inscrições vão até o dia 4 de setembro.

O Imparcial

Brasil vence a Colômbia e conquista nono título na Copa América Feminina; veja campeãs

A Copa América Feminina conheceu o seu campeão da 2025: o Brasil. A Seleção é a maior campeã do torneio, conquistando nove títulos em dez disputados. Apenas a seleção argentina conseguiu acabar com a hegemonia brasileira.

+ Veja a tabela da Copa América Feminina

O torneio começou a ser disputado em 1991 e, atualmente, conta com as principais seleções sul-americanas: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Apenas quatro seleções conseguiram chegar à final da competição (veja abaixo).

Brasil e Colômbia disputaram o título em quatro ocasiões: 2010, 2014, 2022 e 2025. A seleção brasileira conquistou todas as taças nas finais.

Todos as campeãs da Copa América Feminina

Ano Campeã Vice
1991 Brasil Chile
1995 Brasil Argentina
1998 Brasil Argentina
2003 Brasil Argentina
2006 Argentina Brasil
2010 Brasil Colômbia
2014 Brasil Colômbia
2018 Brasil Chile
2022 Brasil Colômbia
2025 Brasil Colômbia
Fonte: ge

Para essa edição, a Copa América Feminina passou por uma mudança e não dá mais vaga à Copa do Mundo Feminina, apenas aos Jogos Olímpicos e o Pan-Americano. Finalistas, Brasil e Colômbia estão nas Olímpiadas de Los Angeles, em 2028.

Já Argentina, Uruguai e Paraguai, colocados entre a 3ª e 5ª posição, estarão no Pan em Lima, no Peru, em 2027. A seleção peruana também tem a vaga por ser o país-sede.

GE

Mercado pecuário assimilou tarifaço dos EUA e já mostra recuperação, diz analista

O mercado brasileiro de boi gordo registrou um cenário de pressão baixista ao longo de julho.

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o setor já enfrentava um natural quadro de queda nas cotações, com a boa disponibilidade de oferta interna.

Somado a isso, passou a ceder ainda mais diante das incertezas em torno das exportações com a perspectiva do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imposto ao Brasil.

Porém, Iglesias ressalta que o mercado assimilou esse cenário adverso e ficou acomodado na semana passada e nessa também, já sinalizando uma tentativa de busca de patamares mais altos para a arroba do boi gordo.

“Agora, para o começo de agosto, o mercado já trabalha com uma perspectiva de elevação nas cotações por conta da entrada da massa salarial na economia e a comemoração do Dia dos Pais. Ainda assim, o movimento de recuperação dos preços ainda tende a ser comedido”, sinaliza.

Variação da arroba do boi no mês
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 31 de julho:
São Paulo (Capital): R$ 300, queda de 3,23% frente aos R$ 310 do final de junho
Goiás (Goiânia): R$ 285, recuo de 3,39% perante os R$ 295 do fechamento do mês retrasado
Minas Gerais (Uberaba): R$ 290, baixa de 3,33% em relação aos R$ 300 praticados no fechamento de junho
Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 305, retração de 1,61% sobre os R$ 310 verificados no final do mês retrasado
Mato Grosso (Cuiabá): R$ 295, diminuição de 6,35% frente aos R$ 315 do fechamento de junho
Rondônia (Vilhena): R$ 265, perda de 3,64% frente aos R$ 275 observados no final de junho

Mercado atacadista
O mercado atacadista se deparou com preços mais fracos ao longo de todo o mês de julho. Segundo Iglesias, isso aconteceu por conta das preocupações em torno das incertezas quanto ao andamento das exportações de carne bovina.

“A maior concorrência com a carne de frango também contribuiu para o cenário negativo às cotações. Um viés de melhora é esperado para agosto, em especial com a comemoração do Dia dos Pais”, diz o analista.

O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 21,40 o quilo, baixa de 6,96% frente aos R$ 23 praticados no final de junho. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 17,50 o quilo, retração de 5,41% ante os R$ 18,50 por quilo verificados no final do mês retrasado.

Exportações de carne bovina.

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,352 bilhão em julho (19 dias úteis), com média diária de US$ 71,188 milhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chegou a 243,904 mil toneladas, com média diária de 12,837 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.545,50.

Em relação a julho de 2024, houve alta de 56,5% no valor médio diário da exportação, ganho de 24,5% na quantidade média diária exportada e avanço de 25,8% no preço médio.

Canal Rural

Jovem morre após ser atropelado por trem em ferrovia no Maranhão

Jovem morreu ao ser atropelado por trem da Transnordestina — Foto: Reprodução/TV Mirante

Um jovem morreu, na última sexta-feira (1º) ao ser atropelado em uma ferrovia no município de Cantanhede, a cerca de 164 km de São Luís.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o jovem com as pernas dilaceradas, após ser atingido por um trem da Transnordestina. Ele ainda foi socorrido e colocado em uma ambulância, mas, no caminho para São Luís, não resistiu.

A vítima foi identificada como João Pinto, de 23 anos, e há várias versões para o acidente. Alguns contam que é comum moradores ficarem pelos trilhos do trem da transnordestina e sendo atropelados. Outros contam que o jovem tentou pegar ‘carona’ no trem e acabou se desequilibrando.Fonte: G1-MA

Mulher é internada em estado grave após agressão em Zé Doca

Violência contra a mulher — Foto: G1

Uma mulher foi internada em estado grave após ser violentamente agredida na madrugada de sexta-feira (1º), em Zé Doca, a 227 km de São Luís. Segundo a polícia, a vítima apresentava sinais de violência sexual.

Ela foi encontrada desacordada ao amanhecer, com ferimentos graves no rosto, o que a impossibilitava de se comunicar. Inicialmente, foi levada ao Hospital Municipal de Zé Doca, mas, devido à gravidade do quadro, precisou ser transferida com urgência para São Luís, onde permanece internada em estado grave.

A Polícia Militar do Maranhão (PMMA), iniciou as buscas e prenderam o principal suspeito ainda na sexta-feira (1º). Trata-se de um homem com idade entre 40 e 50 anos, identificado por meio de imagens de câmeras de segurança. Apesar de negar o crime no início, ele foi reconhecido e detido.

A Polícia Civil (PCMA) investiga se o suspeito está envolvido em outros casos de violência na cidade. Em dezembro do ano passado, uma mulher também foi brutalmente agredida em uma área próxima ao mercado municipal de Zé Doca. Há indícios de que ele possa ter cometido esse crime.

Os dois casos seguem sob investigação.Fonte: G1-MA

Marina Silva lota principais palcos da Festa Literária de Paraty

Paraty (RJ), 01/08/2025 - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participa da 23ª Festa Literária Internacional de Paraty, no Auditório Matriz. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Ao participar da 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, criticou o PL do Licenciamento e compartilhou memórias da sua trajetória em defesa da floresta.

Na noite desta sexta-feira (1°), a mesa O Lugar da Floresta deixou lotados os principais palcos da Flip. No Auditório da Matriz, a ministra foi recebida com longos aplausos pelo público em pé. No Auditório da Praça, onde houve transmissão ao vivo pelo telão, ela foi aplaudida diversas vezes durante sua participação.

“O licenciamento ambiental é a principal vértebra da proteção ambiental no Brasil. Não consigo ver como a gente conseguirá alcançar as metas de redução de emissão de CO₂ se o licenciamento for mutilado e desfigurado, como está sendo no PL [do Licenciamento], na forma como foi aprovado no Congresso”, lamentou a ministra sobre o Projeto de Lei (PL) 2.159/21, que trata das regras do licenciamento ambiental e vem sendo chamado de PL da Devastação por ambientalistas.

Enviado para sanção presidencial, o projeto de lei simplifica os trâmites processuais, com a criação de novos tipos de licenças ambientais, e a redução dos prazos de análise.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem até o próximo dia 8 para sancionar ou vetar o texto final que a Câmara dos Deputados aprovou no último dia 17.

“Não consigo imaginar como nós vamos zerar desmatamento em 2030. Já conseguimos bons resultados, reduzimos, nesses dois anos e meio, o desmatamento em 46% na Amazônia, 25% no Cerrado, 77% no Pantanal, e uma redução na média global no país de 32%. Não consigo ver como a gente vai conseguir continuar alcançando esses resultados se o PL for mantido nas condições em que foi aprovado”, explicou.

Um dos dispositivos do PL aprovado, alerta Marina, estabelece que cada município e cada estado poderá estabelecer os regramentos e as tipologias do licenciamento.

“Vocês acham que a natureza muda porque mudou a ideologia do prefeito ou porque aumentou a ambição dos investidores? As leis da natureza não mudam em função dos nossos interesses. E tecnicamente, cientificamente, não tem como fazer uma tipologia diferente.”

“O rio que é contaminado com metal pesado em Minas Gerais é o mesmo que vai ser contaminado no Espírito Santo”, exemplificou a ministra.

Para ela não bastam apenas vetos, é preciso que haja uma medida para substituir as mudanças na legislação. As possibilidades, segundo Marina, seriam uma medida provisória ou um projeto de lei.

A ministra defendeu que o desenvolvimento econômico do país pode acontecer sem a destruição dos biomas.

“Quando você mostra que o desmatamento caiu 46%, o agronegócio cresceu 15%, a renda per capita aumentou 11% e o emprego aumentou para uma situação de quase pleno emprego, qual é a conclusão que você chega? Não precisa destruir para crescer e se desenvolver.”

Literatura

Questionada pela mediadora da mesa, a jornalista Aline Midlej, sobre a influência da literatura em sua trajetória e para a consciência ambiental coletiva, Marina lembrou de sua avó: mulher analfabeta que tinha inteligência privilegiada, contou a ministra.

“Meu pai sabia ler, fez até o terceiro ano [primário] antes de ir para o Acre como soldado da borracha. Ele lia um folheto de literatura de cordel duas vezes e minha avó decorava. Ela sabia um monte de coisa decorada.”

“E ela cantava para mim:
‘Marina era uma moça muito rica e educada,
o seu pai era um barão de uma família abastada,
porém ela amava Alonso que não possuía nada.’ Eu me sentia a própria Marina, sabe? A literatura de cordel trouxe para mim um mundo lúdico e me foi de grande estímulo. Eu sempre brinco, eu fui analfabeta até os 16 anos, mas eu era PhD em saber narrativo”, disse a ministra.

Ela revelou ainda uma das histórias da literatura de cordel que fez parte desse incentivo, o duelo entre dois cantadores: um letrado da cidade e um sertanejo da Caatinga. São ele Romano e Inácio da Catingueira. O sertanejo começa ganhando o duelo, mas em determinado momento seu oponente muda o mote da cantoria.

“Quando vê que vai perder, Romano muda para falar do campo da ciência. [Inácio] diz ‘se desse o nó em martelo, me veria desatá-lo, mas como deu em ciência, cante só que eu me calo’. E baixava a cabeça e perdia o duelo e o sertão todo ficava muito indignado porque tinha havido uma trapaça. E eu chorava e, se vocês perceberam, eu ainda me emociono até hoje porque o Inácio perdeu”, contou.

“E aí eu dizia: vovó, por que que ele perdeu? E ela dizia: minha filha, era porque ele é analfabeto. E eu dizia: eu não quero ser analfabeta”, finalizou com a voz embargada.

Paraty (RJ), 01/08/2025 - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participa da 23ª Festa Literária Internacional de Paraty, no Auditório Matriz. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa da 23ª Festa Literária Internacional de Paraty, no Auditório Matriz – Rovena Rosa/Agência Brasil

Momento distópico

Segundo a ministra, a política vive atualmente um momento distópico no país.

“Infelizmente, como diz [Zygmunt] Bauman, a política vem sendo tragada pelo sistema e como ele mesmo diz, se a política for apenas para juntar pessoas, para fazer mais do mesmo – são palavras dele –, para que serve a política?”

“A política não é para juntar pessoas para fazer mais do mesmo, porque senão vira mera repetição. É claro que as coisas precisam se estabilizar. O novo não se cria em cima do novo. A biologia ensina que para que alguma coisa aconteça é preciso preservar algo. Mas tem momentos em que é preciso que tenha quebra de paradigmas”, avaliou.

COP 30

Para a ministra, o multilateralismo tem que ser fortalecido durante a COP 30, além de um esforço para que as decisões pactuadas tenham credibilidade.

“Por outro lado, a COP 30 não tem outra alternativa a não ser, como diz o embaixador Correa do Lago, fazer um grande mutirão. Um mutirão de 196 países que, por consenso, tem que decidir que a partir de agora não tem mais o que protelar.”

“A COP 30 acontece em um contexto geopolítico altamente desafiador, como todos nós estamos observando, em que a maior potência bélica e econômica do planeta [Estados Unidos] sai do Acordo de Paris e decide não só apoiar guerras bélicas, mas também faz guerras tarifárias”, disse. Ela avalia que esses elementos fazem com que esse contexto seja ainda mais difícil.

A ministra destacou que os setores público e privado precisam fazer investimentos que viabilizem a implementação das medidas já compactuadas entre os países para barrar o aumento global da temperatura. O valor de US$ 1,3 trilhão é o valor que os países chamados desenvolvidos precisam garantir aos países considerados em desenvolvimento para ações de combate às emergências climáticas.

“Pasmem, a gente não consegue US$ 1,3 trilhão, mas o mundo continua investindo direta e indiretamente em atividades fósseis, entre 5 a 7 trilhões de dólares em atividades que são carbono-intensivas. É uma luta muito desigual”, disse.

A ministra defende uma transição justa e planejada. “Não é fácil, não é mágica, por isso temos defendido que é preciso que a COP 30 possa sair com um grupo mandatado para fazer o mapa do caminho para o fim de combustível fóssil, de desmatamento e de viabilizar US$ 1,3 trilhão para ajudar os países em desenvolvimento a fazerem suas transições.”

“Quando a gente não se prepara para mudar, a gente é mudado. E nós já estamos sendo mudados pela emergência climática. O que aconteceu nos Rio Grande do Sul está nos mudando. O que acontece quando o rio seca na Amazônia, está nos mudando. Quando o Pantanal pega fogo, está nos mudando. Quando, por ano, morrem 500 mil pessoas só por ondas de calor, está nos mudando. Temos que planejar a mudança antes de sermos abruptamente mudados”, concluiu Marina.

*A repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Motiva, patrocinador e parceiro oficial de mobilidade da Flip 2025.Fonte: Camila Boehm* – Repórter da Agência Brasil