Blog do Walison - Em Tempo Real

Lula diz que não recuou da ideia de moeda própria do Brics

06.07.2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, posa para Fotografia de família dos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros do BRICS, no Museu de Arte Moderna (MAM). Na foto (da esquerda para a direita): Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov; Xeique Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan; Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi, Xeique Khaled bin Mohamed bin Zayed Al Nahyan; Presidente da Indonésia, Prabowo Subianto; Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; Primeiro-Ministro da Índia, Narendra Modi; Primeiro-Ministro da República Popular da China, Li Qiang; Primeiro-Ministro da República Democrática Federal da Etiópia, Abiy Ahmed Ali; Primeiro-Ministro do Egito, Mostafa Kemal Madbouly e o Ministro das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã, Seyed Abbas Araghchi. Rio de Janeiro - RJ.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça (12) que não recuou da ideia de uma moeda para os países que integram o Brics. 

“É preciso testá-la. Se testar e fracassar, eu estava errado. Mas eu acho que é preciso alguém me convencer que eu estou errado”, afirmou Lula em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, da Band News.

O presidente ressaltou que o bloco representa um sucesso para o Brasil e que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode estar “um pouco de ciúmes da participação do Brasil nos Brics”, afirmou.

Ele defendeu o bloco sobre a necessidade de unificar interesses de países do Sul global para que pudessem dialogar e discutir. “E tentar utilizar a sua similaridade (de interesses)”. Lula defendeu que os Brics representam metade da humanidade e um terço do PIB mundial.

O Brics é formado por 11 países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.

Dólar

Lula afirmou que não sabe dizer, entretanto, se a taxação do governo americano sobre os produtos brasileiros tem relação direta com o Brics.

“Nós não podemos ficar dependendo do dólar, que é uma moeda de um único país, que foi assumida como moeda do mundo”.

Ele questionou a possibilidade de negociar com os países em suas moedas.

“O dólar é uma moeda importante, mas nós podemos discutir nos Brics, a necessidade de uma moeda de comércio entre nós”.

Lula voltou a afirmar que defende o multilateralismo nas relações entre os países. “O multilateralismo é o que permitiu que a gente tivesse um certo equilíbrio nas negociações comerciais entre os Estados. A não predominância de um Estado maior sobre um Estado menor”.

Encontro em setembro

O presidente Lula lembrou, na entrevista, que abrirá, em 23 de setembro, a Assembleia Geral da ONU e que não sabe se haverá conversa com o presidente Trump. Na entrevista , vou defender o multilateralismo e o Brasil. “Vou defender a nossa soberania e a questão ambiental”, disse.

Lula criticou o não cumprimento do Protocolo de Quioto e a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris.

“Eu mandei uma carta para ele essa semana, convidando para a COP”. Lula não recebeu ainda retorno da carta.Fonte: Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil

Categoria: Uncategorized

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatório são marcados *

*