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61 socos: caso no RN retrata escalada da violência contra mulheres

Brasília (DF) 11/02/2025 – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) assinou, nesta terça-feira (11), acordo de cooperação com a plataforma de entregas iFood para combater a violência contra a mulher.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Os 61 socos desferidos contra Juliana Garcia, na cidade de Natal (RN), no último sábado (26), chocaram o Brasil diante da violência flagrada por uma câmera no elevador do prédio. O autor do crime, o namorado dela, Igor Cabral, foi preso em flagrante. O episódio, que chamou atenção de todo o país, traz à tona a escalada da violência no país contra a mulher: tanto pelo que é registrado, como no caso de Juliana, como também pelos aspectos subjetivos que não são possíveis de contabilizar. 

Um dos motivos pelo qual o crime chamou atenção foram os repetidos golpes no rosto da vítima, que se encontrava indefesa e caída no chão do elevador. Segundo especialistas ouvidas pela Agência Brasil, o ato carrega um simbolismo ancorado na cultura machista. “Agressores normalmente atacam o feminino do corpo humano, (incluindo) rosto, seios e ventre como um recado de que aquele corpo pertence a eles”, afirma a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Valéria Scarance. Ela destaca que agressores praticam atos de violência imbuídos de um sentimento de posse e superioridade em relação às mulheres.

A antropóloga Analba Brazão, que é educadora do SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia, considera que esses ataques contra a mulher em regiões como o rosto têm como objetivo desfigurar a vítima.

“Atingir o rosto também demonstra poder. Ele quer aniquilar aquela mulher e deixar visível a sua marca”, lamenta.

Essas violências no corpo da mulher e na expressão do feminino têm uma simbologia marcante, conforme aponta Télia Negrão, pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É o que acontece quando criminosos mutilam, por exemplo, os seios ou a região genitais. “Há até chutes na área da barriga da mulher como forma de destruir a sua capacidade reprodutiva posterior”, diz Télia, que faz parte do Levante Feminista contra o Feminicídio e Transfeminicídio.

Quatro mulheres mortas por dia

De acordo com o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na semana passada, houve novo aumento no número de feminicídios, que chegou a 1.492 casos em 2024O número representa quatro mortes de mulheres por dia. É a maior quantidade desse tipo de crime desde 2015, início da série histórica. Segundo o levantamento, 63,6% das vítimas eram negras. Além disso, 70,5% tinham entre 18 e 44 anos e oito em cada dez foram mortas por companheiros ou ex-companheiros. Os feminicídios dentro de casa são maioria (64,3%).

Já os casos de tentativa de feminicídio, como o ocorrido com Juliana, em Natal, foram 3870 no ano passado, 19% a mais do que no ano anterior. As agressões registradas contra mulheres foram de 256.584 casos (em 2023) para 257.659 (no ano passado).

Para a promotora Valéria Scarance, do MP-SP, desde a Lei Maria da Penha instaurou-se um “novo tempo” no Brasil, em que a violência contra mulheres deixou o âmbito privado e ganhou domínio público. “Antes, era comum que as pessoas não se manifestassem diante de uma ‘briga de casal’. Mas, hoje, a sociedade está atenta a essas violências, inclusive as que eram consideradas menos graves”, contextualiza.

Ao mesmo tempo em que a legislação brasileira é considerada uma das melhores do mundo no combate ao feminicídio, as pesquisadoras apontam que discursos de misoginia, até mesmo de autoridades públicas, cresceram com a ascensão de partidos da extrema direita no mundo, incluindo o Brasil. Valéria Scarance analisa que o aumento da violência contra as mulheres seria uma espécie de reação da estrutura machista da sociedade ao empoderamento e ao fortalecimento das mulheres – o que ela chama de fenômeno “backlash ou retaliação”. A antropóloga Analba Brazão vê um movimento antifeminista na sociedade em prol de um machismo estrutural que relega as mulheres a um papel secundário.

Ciclo e escalada da violência

A promotora Valéria Scarance, que também é pesquisadora da temática de gênero, violência contra mulheres e feminicídio, explica que, no âmbito íntimo, as violências mais severas acontecem quando há o término da relação ou quando a vítima não atende às ordens ou desejos do agressor.  “Esses homens são ao mesmo tempo egocêntricos e inseguros porque qualquer conduta da vítima –  passar batom, usar roupas novas, trabalhar, ter amigas, sorrir – pode ser interpretada por eles como um ato de desrespeito ou traição”, exemplifica. A promotora contextualiza que, no início, as agressões ocorrem em locais pouco visíveis. “Mas à medida que a violência evolui, agressores dão socos no rosto, chutes no corpo, puxam os cabelos, apertam o pescoço das vítimas”.

Um dos dados divulgados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública exemplifica os desafios para garantir a segurança das mulheres brasileiras: ao menos 121 vítimas foram mortas em 2023 e 2024 enquanto estavam sob medidas protetivas de urgência ativa.

“A cada 15 segundos, uma mulher está sendo espancada no Brasil. E normalmente não há câmeras como o caso que foi flagrado em Natal. Acontece em áreas isoladas dentro de casa”, diz Analba Brazão, que defende serem necessárias mais políticas públicas para estimular novas denúncias. “Muitos casos não são notificados. A gente precisa saber, por exemplo, quantos órfãos do feminicídio existem”, afirma a pesquisadora, que atua no Recife (PE).  “Nesta semana, aqui em Pernambuco, uma manicure foi assassinada a facadas, também no rosto e em outras partes do corpo. Ela estava com medida protetiva de urgência”, lamenta.

Télia Negrão entende que são necessárias políticas públicas mais profundas que consigam promover uma mudança cultural. “Nós temos julgamentos que têm elevado as punições devido aos agravantes. E, no entanto, nós não temos uma redução dos feminicídios ou da violência. Nós precisamos de mudança cultural”, acredita a pesquisadora que atua no Rio Grande do Sul.

Denúncias

Pesquisadora em direito penal e coordenadora da Quilombo, organização do movimento negro no Rio Grande do Norte, Dalvaci Neves conta que mais de mil mulheres foram vítimas de feminicídio no Rio Grande do Norte, entre 2013 e 2023 – 80% eram  negras. “É um retrato do nosso quadro social, do racismo e do machismo que nós, mulheres negras, enfrentamos”. De acordo com ela, no estado, existem apenas 12 delegacias especializadas para atendimento das mulheres em mais de 160 municípios. “Há muitas mulheres no interior e sem acesso para fazerem denúncia”.

A falta de delegacias especializadas não é um problema apenas do Rio Grande do Norte. Em todo o país, segundo levantamento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública divulgado neste ano, há apenas 488 delegacias especializadas, sendo que apenas 204 delas atendem exclusivamente mulheres. Desse total, 46,4% estão no Sudeste.

Ainda no campo das políticas públicas, a pesquisadora defende ser necessário mais discussão sobre violência de gênero nas escolas.  “O Plano Nacional de Educação vai ser votado agora [no Congresso Nacional]. Precisamos ter uma educação de combate ao racismo, e que também discuta gênero. Mas nós temos ainda muitos parlamentares que não querem que esse tema seja incluído”, aponta.

Dalvaci recomenda que as mulheres que sejam vítimas prestem queixa, mesmo em casos aparentemente menos graves como desrespeitos e xingamentos, que configuram violência psicológica. Ela ressalta ainda a importância de que as pessoas não silenciem quando forem testemunhas de violência. “Dessa forma, podemos evitar um feminicídio no futuro”, afirma.

Como denunciar

Se a mulher é vítima da violência ou se uma testemunha presenciar algum tipo de agressão, pode denunciar pela Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. O  serviço gratuito e acessível em todo o país.

Por esse canal, é possível receber orientação sobre leis, direitos e serviços da rede de atendimento, como a Casa da Mulher Brasileira, os centros de referências, as delegacias de atendimento à mulher (Deam), as defensorias públicas e os núcleos integrados de atendimento às mulheres.

O Ligue 180 faz o registro e encaminhamento de denúncias aos órgãos. É possível fazer a ligação de qualquer lugar do Brasil ou acionar o canal via chat no Whatsapp (61) 9610-0180. 

Em casos de emergência, a orientação é acionar imediatamente a Polícia Militar pelo número 190, em todo o Brasil. 

Outro caminho disponível é via Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pelo canal do WhatsApp (61)99656-5008. Funciona 24 horas para denunciar qualquer tipo de violência.Fonte: Luiz Cláudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil

Líder de campanha global pela Lei Magnitsky critica sanção a Moraes

Bbandeira dos Estados Unidos em frente à cúpula do Capitólio dos EUA

O investidor britânico William Browder, líder da campanha global que resultou na aprovação da Lei Magnitsky nos Estados Unidos, criticou a aplicação da norma pelo presidente norte-americano Donald Trump contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“Passei anos lutando para que a Lei Magnitsky fosse aprovada no intuito de acabar com a impunidade de graves violadores de direitos humanos e de cleptocratas. Até onde posso entender, o juiz brasileiro Moraes não se enquadra em nenhuma das duas categorias”, escreveu, em seu perfil, na rede social X.

Como parte de sua biografia, Browder se descreve como o maior investidor estrangeiro na Rússia até 2005, quando teve sua entrada no país negada e foi declarado ameaça à segurança nacional por expor casos de corrupção em empresas estatais russas.

Em 2008, o advogado de Browder, Sergei Magnitsky, descobriu uma fraude massiva cometida por funcionários do governo russo, envolvendo US$ 230 milhões em impostos. Ele testemunhou contra pessoas envolvidos no esquema e foi, posteriormente, preso e torturado.

Sergei Magnitsky morreu na prisão em 16 de novembro de 2009, deixando a esposa e dois filhos. Desde então, Browder lidera uma campanha global pela Lei Magnitsky, com foco em impor proibições de vistos e congelamentos de bens a violadores de direitos humanos e funcionários corruptos.

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Entenda

Alexandre de Moraes foi sancionado pelo governo dos Estados Unidos, através da Lei Magnitsky, por seu trabalho como relator do processo que apura tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições presidenciais de 2022 e por sua atuação em relação a plataformas digitais norte-americanas.

norma foi aprovada em 2012, durante o governo Barack Obama, para aplicar sanções econômicas a acusados de graves violações de direitos humanos ou corrupção. Entre as sanções previstas estão o bloqueio de contas bancárias, de bens e interesses em bens dentro da jurisdição em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país.Fonte: Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

Moraes pede que AGU tome providências para extradição de Zambelli

Brasília (DF) 23/04/2024  Deputada Carla Zambelli durante coletiva na Câmara dos Deputados. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (31) que a Advocacia-Geral da União (AGU) tome providências para garantir a extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

A medida foi tomada após o Supremo ser comunicado oficialmente sobre a prisão da parlamentar. “Oficie-se à Advocacia-Geral da União para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré”, determinou o ministro.

Na terça-feira (29), Zambelli foi presa em Roma, na Itália, onde tentava escapar do cumprimento de um mandado de prisão emitido por Moraes.

Por ter dupla cidadania, Zambelli deixou o Brasil em busca de asilo político em terras italianas após ser condenada pelo STF a dez anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023. A deputada também terá que pegar R$ 2 milhões em danos coletivos.

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De acordo com as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão para emissão de um mandato falso de prisão contra Alexandre de Moraes. Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e confirmou ter realizado o trabalho a mando da parlamentar.

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro solicitou a extradição da deputada para o Brasil.

Extradição

O pedido de extradição de Carla Zambelli foi oficializado no dia 11 de junho pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, o pedido foi enviado pelo Itamaraty ao governo italiano.

O documento contém a cópia da deliberação que condenou a parlamentar e os artigos do Código Penal que fundamentaram a decisão.

“A Sra. Carla Zambelli Salgado de Oliveira, de maneira livre, consciente e voluntária, comandou a invasão a sistemas institucionais utilizados pelo Poder Judiciário, mediante planejamento, arregimentação e comando de pessoa com aptidão técnica e meios necessários ao cumprimento de tal mister, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”, diz o texto.

Moraes também indicou as garantias que o Brasil vai dar para Carla Zambelli se a Itália autorizar a extradição.

O ministro se comprometeu a não submeter Zambelli a prisão ou processo por fato anterior ao pedido de extradição; não impor pena perpétua; não agravar a pena por motivos políticos e não submeter a parlamentar a tortura ou a tratamentos desumanos ou degradantes.Fonte: André Richter – Repórter da Agência Brasil

Secretaria do Consumidor vai fiscalizar preços do gás natural

Brasília (DF) 31/07/2025 - Wadih Damous, Secretário Nacional do Consumidor, participa do programa A Voz do Brasil. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous informou hoje (31) que notificou as distribuidoras de gás natural canalizado e gás natural veicular, o GNV, para que elas expliquem os preços cobrados dos consumidores. A notificação foi feita depois de a Petrobras anunciar uma redução de 14% no preço da molécula de gás fornecida às distribuidoras. A redução começa a valer a partir de amanhã (1º).

Damous afirmou durante entrevista à Voz do Brasil, que apesar da redução no preço médio da molécula ter sido de cerca de 32%, desde 2022, o repasse médio ao consumidor tem variado de 1% a 4%.

“Decidimos notificar as distribuidoras para que elas expliquem essa situação. A Petrobrás reduziu em 14% os preços e, praticamente, elas vão manter o preço dos que os consumidores já pagam “, disse.

O secretário quer que as empresas expliquem porque o percentual de redução está em um patamar tão ínfimo para os consumidores. Caso a resposta não seja satisfatória, o governo estuda aplicar sanções.

“Se ficar configurado para nós que elas estão praticando preços abusivos, que elas estão aumentando a margem de lucro às custas do consumidor final, vamos instaurar processo administrativo sancionador”, advertiu Damous.

O secretário disse ainda que os consumidores podem auxiliar, fazendo denúncias aos Procons e também denunciando nos canais da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP, também foi notificada para colaborar com dados técnicos.

Foram notificadas a Companhia de Gás de São Paulo, a Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro, a Companhia de Gás de Santa Catarina, a Companhia Paraense de Gás, a Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul, a Gás Brasiliano Distribuidora S.A., a Sinergás GNV do Brasil Ltda., a Eco Comercializadora de GNV S.A., a GNV Anel Ltda., Gás Natural Açu S.A. e a Golar Power Brasil Participações S.A.Fonte: Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil

Governo Lula quer fim da obrigatoriedade de autoescola para tirar CNH ainda este ano

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda extinguir a obrigatoriedade das aulas de autoescola no processo de emissão da Carteira Nacional de Habilitação ( CNH ).

A informação foi divulgada pelo ministro Renan Filho em entrevista à Folha de S. Paulo e confirmada pela EXAME por meio de fontes da pasta. A ideia já foi apresentada ao presidente Lula e aguarda deliberação.

O objetivo é reduzir custos e ampliar o acesso à habilitação para pessoas de baixa renda e mulheres. Dados internos do Ministério dos Transportes apontam que mais de 18 milhões de brasileiros hoje dirigem sem CNH.

O custo para obter a carteira varia entre R$ 3 mil e 4 mil, dependendo do estado, segundo a pasta.

O governo considera que esse valor — um dos maiores do mundo, segundo pessoas que trabalham no tema — dificulta a geração de empregos.

Acredita-se, por exemplo, que o maior acesso à CNH permitiria mais pessoas trabalharem com postos que requerem habilitações profissionais — vagas que estão com dificuldade de serem preenchidas, de acordo com relatos levados aos técnicos do governo.

A desregulamentação será realizada por meio de portarias, sem a necessidade de aprovação de um projeto de lei.

Após o aval do presidente Lula, a expectativa é que a medida seja aprovada ainda este ano.

Provas teóricas e práticas serão mantidas
O governo manterá as provas escrita e a prática para tirar a habilitação, mas as aulas da autoescola serão facultativas.

A proposta é credenciar, por meio dos Detrans, motoristas autônomos, como motoristas de aplicativos e outros, para dar aulas e oferecer cursos online para a parte teórica.

A medida não modificará os requisitos legais para obtenção da CNH: idade mínima de 18 anos, alfabetização, exames médicos e psicotécnicos.

A principal justificativa para a mudança é o déficit de motoristas no Brasil. Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), faltam mais de 1,5 milhão de motoristas profissionais no país.

Em 2024, o governo lançou um programa para qualificar o público do Cadastro Único, com a obtenção de carteiras profissionais para dirigir ônibus ou caminhões.

Além disso, Lula sancionou neste ano a lei que autoriza o uso de recursos arrecadados com multas de trânsito para custear a formação de condutores de baixa renda, por meio da chamada CNH Social. A medida entra em vigor a partir de 12 de agosto.

Alguns estados, como Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul, já oferecem esse serviço.

Fonte: Exame

Sexólogos destacam os 5 maiores mitos sobre o orgasmo

Apesar dos avanços nas conversas sobre sexualidade, o orgasmo ainda é cercado por tabus, desinformação e expectativas irreais — especialmente quando se trata do prazer feminino. Para jogar luz sobre o tema, os sexólogos Natali Gutierrez e Renan de Paula, fundadores da sextech brasileira Dona Coelha, elencam os 5 principais mitos sobre o orgasmo e explicam por que é tão importante falar sobre isso com naturalidade.

Toda relação sexual precisa terminar com orgasmo
Mito! Sexo é conexão, intimidade e prazer — e nem sempre envolve um final “com fogos de artifício”. A pressão por atingir o clímax pode, inclusive, atrapalhar a experiência.
“O orgasmo não é um troféu. Quando o sexo vira obrigação, perde-se o melhor dele: a entrega ao momento”, comenta Natali.

Orgasmo vaginal é mais “completo” que o clitoriano
Outro mito comum — e sem embasamento científico. O clitóris é o principal órgão do prazer feminino e está presente na imensa maioria dos orgasmos.
“Não existe orgasmo superior. Essa ideia reforça inseguranças e desconecta as mulheres do próprio corpo”, explica Renan.

Vibradores atrapalham a vida sexual
Pelo contrário: vibradores são aliados. São ferramentas de autoconhecimento, autoestima e conexão com o corpo — individualmente ou em casal.
“A mulher que se conhece se comunica melhor com a parceria. O vibrador pode ser um facilitador de prazer, nunca um problema”, diz Natali.

Homens sempre têm orgasmo durante o sexo
Nem sempre. Estresse, insegurança, pressões externas ou internas podem interferir. O prazer masculino também merece ser acolhido com empatia.
“É hora de desconstruir a ideia de que o homem é uma ‘máquina’ do desejo. Todo mundo tem dias bons e dias difíceis”, lembra Renan.

Falar sobre orgasmo é constrangedor
Só se continuar sendo um tabu. Quanto mais natural for essa conversa, mais leve e saudável será a relação com o corpo, o prazer e o outro.
“O orgasmo é um direito, não um luxo. E conhecimento é o melhor caminho para acessá-lo com liberdade e saúde emocional”, conclui Natali.

O Imparcial

Desemprego recua para 5,8% e atinge menor nível da série histórica, aponta IBGE

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, atingindo o menor patamar desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo IBGE. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31).

O resultado supera o desempenho de novembro de 2024, quando o desemprego estava em 6,1%, e do primeiro trimestre deste ano, que registrou 7%. Em relação ao mesmo período de 2024 (6,9%), a melhora também é significativa.

Segundo o levantamento, o país somava 102,3 milhões de pessoas ocupadas e cerca de 6,3 milhões desocupadas até o final de junho. Em comparação ao trimestre anterior, o número de pessoas em busca de trabalho caiu 17,4% — uma redução de aproximadamente 1,3 milhão — enquanto o número de ocupados cresceu 1,8%, com o acréscimo de 1,8 milhão de trabalhadores ao mercado.

Um dos destaques da pesquisa é o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39 milhões, o maior já registrado. Houve ainda crescimento entre os trabalhadores sem carteira, que agora somam 13,5 milhões — aumento de 2,6% em relação ao primeiro trimestre.

Nova metodologia com base no Censo

Essa é a primeira edição da Pnad Contínua a utilizar a nova ponderação baseada nos dados do Censo Demográfico de 2022, o que, segundo o IBGE, refina a representatividade dos dados coletados e é uma prática adotada por institutos de estatística em todo o mundo.

A pesquisa abrange cerca de 211 mil domicílios em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, investigando a situação laboral de pessoas com 14 anos ou mais em todas as formas de ocupação: com ou sem carteira assinada, por conta própria e trabalho temporário.

Informalidade e desalento em queda

A taxa de informalidade recuou para 37,8% da população ocupada — a menor desde o segundo trimestre de 2020 (36,6%). Esse grupo inclui trabalhadores sem carteira assinada, autônomos e empregadores sem CNPJ, geralmente sem acesso a direitos como férias, 13º salário ou seguro-desemprego.

Outro indicador que apresentou melhora foi o número de desalentados — pessoas que desistiram de procurar emprego por falta de perspectiva. O total foi estimado em 2,8 milhões, o menor desde 2016.

Renda média e massa salarial batem recorde

A melhora no mercado de trabalho também se refletiu no rendimento da população. A renda média mensal alcançou R$ 3.477, maior valor já registrado pela pesquisa. O montante representa alta de 1,1% em relação ao primeiro trimestre de 2025 e de 3,3% em comparação com o mesmo período de 2024.

A massa de rendimentos, ou seja, a soma de todos os salários pagos no país, também bateu recorde: R$ 351,2 bilhões — 5,9% a mais que o registrado no segundo trimestre do ano passado, o equivalente a R$ 19,7 bilhões adicionais injetados na economia brasileira.

*Fonte: IBGE

Mulher é agredida a pauladas, e companheiro é preso em Riachão

Um homem foi flagrado agredindo a própria companheira com um pedaço de madeira, no município de Riachão, na tarde dessa quarta-feira (30). As pauladas deixaram ferimentos na cabeça da vítima.

As cenas são fortes. Após as agressões, Maria da Anunciação Rocha Santos, de 66 anos, foi internada no Hospital Municipal de Riachao, onde foi socorrida e levou quatro pontos na cabeça.

O suspeito das agressões contra ela foi identificado como Luís Ribeiro dos Santos, de 71 anos. Ele foi preso e encaminhado à Delegacia Regional de Balsas.

Os dois teriam discutido pouco antes da vítima receber várias pauladas, segundo testemunhas.

Mulher agredida pelo namorado com 61 socos
O caso de uma mulher, de 35 anos, que foi agredida com mais de 60 socos pelo namorado dentro do elevador do prédio onde mora em Ponta Negra, na Zona Sul de Natal (RN), repercute na imprensa nacional nesta semana e chocou o país.

Em uma publicação nas redes sociais, a vítima agradeceu a ajuda e a solidariedade dos amigos e de desconhecidos que se sensibilizaram com o caso. Ela disse ainda que vai focar na recuperação.

O crime aconteceu no último sábado (26) por voltas das 16h e foi registrado pela câmera do elevador do condomínio. Um vídeo mostra o casal discutindo e, quando a porta do elevador se fecha, Igor parte pra cima da vítima e começa a desferir socos contra ela. A mulher ficou com o rosto completamente ensanguentado.

O agressor passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio Grande do Norte. Em depoimento na delegacia, Igor Cabral alegou ter claustrofobia.Fonte: Por: Imirante, com informações da TV Mirante

Padrasto e enteado são mortos a tiros por homens que fingiram ser policiais, na Paraíba

Instituto de Polícia Científica no local onde crime aconteceu, na cidade de Esperança, no Agreste da Paraíba — Foto: TV Paraíba/Reprodução

Padrasto e enteado foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira (31), na cidade de Esperança, no Agreste da Paraíba. O crime aconteceu quando suspeitos armados entraram na casa se passando por policiais.

Segundo a Polícia Civil, a primeira vítima, identificada como Romildo Vieira, de 38 anos, foi assassinada a tiros na cozinha de casa, enquanto seu enteado, Wallisse Florentino, de 22 anos, foi morto em seguida, na sala.

De acordo com a Polícia Civil, as vítimas foram atingidas no rosto. Conforme dito pelo delegado Emanuel Henriques, que investiga o caso, parentes disseram que o padrasto já teria sido preso anteriormente, em São Paulo, onde cumpriu uma pena de sete anos por tráfico de drogas.

Enteado e padrasto foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira (31), na cidade de Esperança, no Agreste da Paraíba — Foto: TV Paraíba/Reprodução

Ainda segundo a Polícia Civil, a investigação não conseguiu confirmar quantos suspeitos estão envolvidos no crime e o veículo usado para fugir do local. A motivação do caso ainda está sendo investigada.Fonte: G1-PB

Feriado de 5 de agosto: prefeitura de João Pessoa decreta ponto facultativo na segunda-feira

Farol do Cabo Branco, em João Pessoa, capital da Paraíba — Foto: Divulgação/PMJP