Depois de comemorar a vitória do candidato Flávio Dino (PCdoB) no 1º turno da eleição para o Governo do Maranhão, aliados do comunista trabalham agora para tentar diminuir o “prejuízo” na eleição proporcional.
Na Assembleia Legislativa, dos 42 deputados estaduais eleitos, apenas 13 estavam oficialmente ao lado do comunista durante a campanha: são 12 parlamentares filiados a partidos que integravam na coligação de Dino, mais o deputado Edson Araújo (PSL), que declarou apoio antes da eleição.
Teoricamente, os outros 29 deputados eleitos estão no campo que, a partir da próxima legislatura, estará na oposição. Mas articuladores do governador eleito trabalham para diminuir – ou até inverter – a desvantagem.
Por telefone, o deputado estadual Marcelo Tavares (PSB), anunciado ontem como secretário-chefe da Casa Civil do próximo governo, disse que não comanda esse trabalho de interlocução com a classe política, mas garantiu que há, pelo menos, mais três deputados que já aderiram ao novo governo.
Um deles pode ser a deputada estadual Francisca Primo, do PT. Ainda na campanha eleitoral, o marido da petista, Antônio Marcos de Oliveira (PDT), o Primo, ex-prefeito de Buriticupu, aderiu ao projeto dinista. Nos bastidores, os deputados César Pires (DEM) e Max Barros (PMDB) também são citados como novos aliados do comunista.
A reportagem de O Estado procurou o jornalista Márcio Jerry (PCdoB), anunciado também ontem, como futuro secretário de Estado da Articulação Política, para que ele comentasse a busca por aliados na Assembleia.
O auxiliar do governador eleito, no entanto, alegou estar em evento do PCdoB e não retornou as ligações até o fechamento desta edição. Em entrevista à Folha, na quarta-feira, dia 8, ele declarou já haver conversado com 30 deputados eleitos.
“Só não falei com os que são mais arraigados do lado de lá [do grupo da governadora Roseana Sarney]”, disse.
Mais
No debate sobre a formação de bancadas na Assembleia a partir de 2015, há a discussão também para formação do futuro comando da Casa, com a eleição do presidente e demais membros da Mesa Diretora, já em fevereiro. Nesta discussão, os parlamentares tendem a se juntar em blocos, para tentar evitar a influência do governo no processo de escolha da direção, que eles consideram interna corporis.
O Estado