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‘O PMDB só me dá alegrias’, diz Dilma Rousseff no Chile

Na segunda, ela falou com líderes do partido sobre aliança com o governo.
Setores do PMDB estão insatisfeitos com tratamento dado pelo Planalto.

Do G1, em Brasília

Dilma Rousseff se encontrou com a presidente eleita do Chile, Michelle Bachelet, antes da cerimônia de posse. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma Rousseff se encontrou com a presidente
eleita do Chile, Michelle Bachelet, antes da
cerimônia de posse. (Foto: Roberto Stuckert Filho
/PR)

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (11), no Chile, que o PMDB só lhe dá “alegrias”. Dilma viajou para participar da cerimônia de posse da presidente chilena eleita, Michelle Bachelet.

Antes de se encontrar com a colega, na cidade chilena de Viña del Mar, a presidente foi questionada por jornalistas sobre a relação do governo com o PMDB.

“Olha aqui, eu vou te falar uma coisa: o PMDB só me dá alegrias”, afirmou a presidente.

A relação entre o governo e o PMDB tem se deteriorado nos últimos meses.

A sigla reclama da demora da presidente Dilma Rousseff em realizar a reforma ministerial, critica o não cumprimento de compromissos quanto à liberação de recursos de emendas parlamentares e quer maior diálogo sobre as alianças regionais com o PT nas eleições de outubro. A legenda também reclama que não é chamada a participar de decisões do Executivo e de lançamentos de programas do governo federal, o que fortalece candidaturas no pleito deste ano.

O maior foco da crise está na Câmara dos Deputados, onde sete partidos da base aliada, sob o comando do líder do PMDB, formaram um “blocão”, para ampliar o poder de negociação com o Executivo em votações da Casa. O clima ficou mais tenso na semana passada, depois que Eduardo Cunha defendeu, em sua conta do microblog Twitter, que seja “repensada” a aliança da legenda com o PT.

Reunião com líderes do PMDB
Nesta segunda (10), Dilma se reuniu com lideranças do partido aliado no Palácio do Planalto para tratar sobre a aliança com o governo, mas não convidou Cunha, o que, na visão de peemedebistas, significou uma tentativa de isolar o líder do PMDB.

“Foi no mínimo deselegante a presidente não convidar o nosso líder para negociar e tratar da relação com o PMDB. O PMDB tem unidade na bancada da Câmara e apoia Eduardo Cunha”, afirmou o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), um dos vice-líderes do partido na Casa.

Forte ficou responsável por elaborar a nota de desagravo a Cunha por agressões que o peemedebista teria sofrido de lideranças do PT e contra a tentativa do Planalto de isolar o parlamentar. “Vamos aprovar na reunião da bancada uma nota de desagravo por causa das agressões. A mensagem será de reforçar a liderança do Eduardo Cunha. Ele tem falado em nosso nome.”

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