Justiça converte prisão preventiva em medidas cautelares de policial investigado por chacina no Conde, PB

O tenente Alex William de Lira Oliveira, investigado por participar da chacina do Conde, na Grande João Pessoa, teve a prisão preventiva convertida em medidas cautelares, de acordo com decisão do juiz Anderly Ferreira Marques, publicada nesta quarta-feira (12). A chacina aconteceu na noite do dia 15 de fevereiro deste ano.

Ao todo, seis policiais militares são suspeitos de homicídio e fraude processual em uma ação que terminou com a morte de cinco jovens, que, segundo a Polícia Militar, planejavam vingar um feminicídio no Conde.

Os demais cinco acusados do crime já haviam tido suas prisões convertidas em medidas cautelares no mês de setembro. Eles foram presos em 18 de agosto. Na mesma ocasião, a Justiça da Paraíba informou que Alex estava fora do país, o que segundo a juíza, prejudicava a instrução do processo e a coleta de provas.

“O fato do acusado estar em outro país dificulta a prática de atos de citação/intimação, que logo serão necessários caso haja denúncia e esta seja recebida. Também impede a participação do acusado na colheita de elementos de prova, durante o curso do inquérito, a exemplo da reconstituição da cena do crime. Não se pode negar que o fato de ele está fora do país atrapalha a conveniência da instrução processual. O mais correto é o acusado se apresentar à Justiça e, a partir desse elemento novo ter sua prisão preventiva revista”, afirmou a juíza.

 

Policiais suspeitos de chacina no Conde são soltos sem tornozeleira após decisão da Justiça — Foto: Ewerton Correia/TV Cabo Branco

Policiais suspeitos de chacina no Conde são soltos sem tornozeleira após decisão da Justiça — Foto: Ewerton Correia/TV Cabo Branco

As medidas cautelares aplicadas ao tenente Alex William seguem as aplicadas aos demais acusados. Entre elas estão:

  • uso de tornozeleira eletrônica;
  • afastamento imediato do serviço operacional (policiamento ostensivo ou tático) com colocação em funções administrativas;
  • e proibição de manter contato com familiares das vítimas, testemunhas e demais investigados.

 

Estão previstas como medidas cautelares também a proibição de frequentar localidades próximas às residências das vítimas e seus familiares; recolhimento domiciliar no período entre 20h à 5h do dia seguinte; comparecimento mensal em juízo à comarca de João Pessoa até o dia 10 de cada mês; e proibição de se ausentar da comarca de sua residência por mais de 10 dias sem autorização da justiça.

A defesa de Alex William disse que a decisão da Justiça deve ser cumprida ainda na noite desta quarta-feira (10). Ele está preso no 1º Batalhão da Polícia Militar em João Pessoa.

O acusado estava preso desde o dia 6 de novembro, quando retornou ao Brasil. A defesa afirma que ele estaria ausente do país em razão de férias regularmente autorizada pela Polícia Militar e que sua esposa, durante a viagem, teve problemas na gravidez, o que a impossibilitou de viajar por recomendação médica.Fonte: G1-PB

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