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É assustador o aumento do número de violência contra a Mulher na cidade de Caxias

Apesar de o público feminino, ao longo dos anos, ter conquistado direitos, um problema ainda permanece e é crescente. São as agressões e assassinatos contra as mulheres em todo o País. Em Caxias, a realidade não é diferente e se somam também aos crimes de abusos sexuais contra crianças e adolescentes.

No Plantão Central de Polícia Civil, são em média registradas cinco ocorrências desse gênero todos os dias, e a situação se agrava nos finais de semana, quando a diversão aliada à bebedeira, provoca boa parte dos conflitos, sempre motivados pelos sentimentos de possessão e obsessão.

O local onde mais comumente ocorrem situações de violência contra a mulher é a residência da vítima, independente da faixa etária. Até os 9 anos de idade, os pais são os principais agressores. A violência paterna é substituída pela do cônjuge e/ou namorado, que preponderam a partir dos 20 até os 59 anos da mulher. Já a partir dos 60 anos, são os filhos que assumem esse papel.

De acordo com dados do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, em média 16 mulheres são assassinadas anualmente em Caxias. Já o Conselho Tutelar, registrou no ano passado cerca de 20 casos confirmados de abusos sexuais contra criança e adolescentes. De janeiro a maio de 2014, essas ocorrências superaram todo o ano passado.

As mulheres ainda deixam de denunciar o agressor por medo, vergonha ou questões financeiras. Outro motivo é que a maior parte da população desconhece a Lei Maria da Penha.

Passionais ou desequilibrados

Todo e qualquer crime abala a sociedade, mas, quando as vítimas são mulheres ou crianças, isso choca de uma forma a gerar questionamentos sobre o comportamento do agressor e as brechas que as Leis brasileiras deixam.

Nos últimos casos que abalaram Caxias, em dois deles os agressores se dizem desequilibrados mentais. Em outro, a evidência é de passionalidade, crime motivado por ciúmes.

Também o que chama a atenção nos três homicídios, é que a arma utilizada para a prática dos crimes é de fácil acesso à qualquer pessoa. Uma faca, encontrada na cozinha de casa e que pode ceifar vidas e deixar cicatrizes para sempre nas famílias envolvidas.

Por outro lado, na maioria dos casos, apesar do acusado ser preso ou não, a demora para a conclusão dos inquéritos e possivelmente um juri popular que demora ocorrer, deixar os familiares com sentimento de injustiça.
Cronologia dos últimos crimes bárbaros contra mulher em Caxias

Dia 23 de novembro de 2013. Paulo Santos Carvalho, vulgo “Paulinho”, matou a golpes de faca a estudante Surama Patrícia Silva Araújo, 28 anos. A jovem não conhecia o assassino e não houve motivação para o crime. De acordo com investigações, ele simplesmente entrou na casa dela, no Largo da liberdade, e passou a desferir os golpes contra a vítima. Ele está preso na CCPJ, mas, a defesa já tentou desqualificar a prisão em presídio, alegando problemas mentais.

Dia 1º de Maio de 2014. Shayara Campos, 20 anos foi assassinada a facadas pelo próprio companheiro, Alysson dos Santos Silva, 24 anos. Os dois moravam juntos à cerca de dois meses, junto em uma residência na Rua Esperantinópolis, bairro Vilão Lobão e segundo as investigações teria motivações passionais. Ele em companhia do advogado, se apresentou na DEPOL após o flagrante, foi notificado e continua em liberdade.

Dia 15 de Maio de 2014. Francisco Alves Costa, 42 anos, matou a facadas a escrivã de polícia Loane Maranhão Silva, 28 anos e feriu gravemente a investigadora Marilene Santos Almeida, dentro da Delegacia da Mulher. Francisco Costa trabalha como gari da Prefeitura de Caxias e contra ele pesa a acusação de abuso sexual das suas filhas.No seu depoimentos, ele disse ter ficado com medo de ser preso e também alegou problemas mentais.

Fonte: Direto da redação do NOCA/Mano Santos

 

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